Câmara da Guarda isenta esplanadas do pagamento de taxas até final do ano

A autarquia pretende “dar algum alento” aos comerciantes e aos empresários para que se consiga “minimizar um pouco os custos de contexto que todos eles acabam por ter”, explicou.

A Câmara Municipal da Guarda decidiu ontem, por unanimidade, isentar, até ao final do ano, as taxas das esplanadas, exceto daquelas que ocupam lugares de estacionamento na via pública que registam uma redução de 50% do valor.

Segundo o presidente da autarquia da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), a decisão foi tomada “tendo em conta as circunstâncias” da economia relacionadas com a pandemia por covid-19 e com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A autarquia pretende “dar algum alento” aos comerciantes e aos empresários para que se consiga “minimizar um pouco os custos de contexto que todos eles acabam por ter”, explicou.

A decisão é “um sinal” que o Município pretende dar à economia local, disse.

Sérgio Costa referiu que, em circunstâncias normais, o Município receberia 60 mil euros por ano com as taxas das esplanadas e com a medida hoje decidida vê reduzir “drasticamente as suas receitas”.

“Nós não podíamos ficar parados face a algumas solicitações que [os empresários] nos vão fazendo. Este é o mínimo que nós podemos fazer para podermos acompanhar as nossas empresas”, rematou.

O vereador do PS, Luís Couto, disse aos jornalistas que votou favoravelmente a proposta por estar preocupado com a situação económica dos comerciantes da cidade.

O PSD também votou a favor por os seus eleitos considerarem que a isenção das taxas produz na atividade económica “um sinal vantajoso para os comerciantes”, como referiu o vereador Carlos Chaves Monteiro.

No final da sessão, o eleito social-democrata disse que no período de antes da ordem do dia questionou o presidente do município sobre a continuidade do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea, que este ano ainda não aconteceu.

Carlos Chaves Monteiro vaticina que seja “mais um projeto adiado” que vinha do executivo anterior, a que presidiu.

O autarca Sérgio Costa, confrontado com o assunto, respondeu que o evento cultural ainda não se realizou porque aguarda por uma proposta dos serviços técnicos, alegando que o executivo que lidera não gosta de “decidir nada no ar”.

Na reunião de hoje, o vereador do PS, Luís Couto, defendeu que a autarquia da Guarda deve equacionar a possibilidade de realizar um grande evento de animação e de divulgação das atividades económicas nos meses de verão, como aconteceu no passado com as tradicionais festas da cidade.

O presidente da autarquia lembrou que o executivo está a realizar atividades de animação em junho, relacionadas com os Santos Populares, e, em julho, também promoverá um festival associado ao vinho.

“Falaremos tão breve quanto possível sobre a animação de verão. (…) Estamos a trabalhar arduamente, em muitos campos. Nesse também. Sendo certo que, enquanto nós estivermos [na liderança municipal], não vamos destruir nenhum espaço público para fazer uma grande iniciativa, porque quando se fala em atividades económicas, o único espaço na cidade com dimensão para feira de atividades económicas é o Parque Urbano do Rio Diz ou a encosta norte da feira”, comentou Sérgio Costa.

A Guarda “não tem essas condições, por agora”, mas o autarca admite que é um trabalho que tem de ser feito no futuro.


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