Câmara da Covilhã vai criar Plano Municipal da Igualdade

Com o mote, “tecer o futuro em igualdade”, o plano será “abrangente” e não ficará apenas pela questão de género e não discriminação, olhando também para as diferentes áreas sociais e profissionais, de modo a poder, efetivamente, promover a igualdade.

A Câmara da Covilhã vai criar o Plano Municipal para a Igualdade, que visa afirmar-se como instrumento de planeamento para corrigir problemas e assimetrias e promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.

“Queremos contribuir para que o concelho promova a igualdade de género e a não-discriminação”, afirmou hoje, em conferência de imprensa, a vereadora da Câmara da Covilhã com os pelouros da Cultura e da Ação Social, Regina Gouveia.

Com o mote, “tecer o futuro em igualdade”, o plano será “abrangente” e não ficará apenas pela questão de género e não discriminação, olhando também para as diferentes áreas sociais e profissionais, de modo a poder, efetivamente, promover a igualdade.

A autarca deste município salientou ainda que se trata de um “passo importante”, dado que este será um plano de primeira geração.

“Vamos com alguns anos de atraso, mas com muita motivação e determinação e o que importa é que estamos neste momento apostados em concretizar”, acrescentou, ressalvando que, mesmo sem plano, a autarquia tem vindo a desenvolver ações que vão no sentido de promover a igualdade.

Além disso, é ainda membro integrante do Plano Intermunicipal para a Igualdade da Cova da Beira, promovido pela Coolabora em conjunto com as autarquias do Fundão, Belmonte e Covilhã.

No que concerne ao documento que agora vai ser elaborado, este vai concentrar-se exclusivamente no concelho da Covilhã e terá como pronto de partida a realização de um diagnóstico, que deve estar concluído até final de 2022.

Nesta componente, serão realizados inquéritos para perceber o ponto de partida, começando pela realidade da própria autarquia e abrangendo também entidades públicas, empresas e tecido económico que aceite participar e a própria população.

“Começaremos de dentro para fora com o objetivo de criarmos pontes com outras entidades e setores”, acrescentou Regina Gouveia.

“O objetivo é ter um retrato real do que é preciso fazer, não só ao nível das entidades, mas também no que concerne à sensibilização da população”, explicou Cristina Maximino, técnica do município, que está a coordenar este trabalho.

Já numa segunda fase, o plano integrará as recomendações do que deve ser feito ao nível das políticas, estratégias e medidas a seguir para promover um concelho mais inclusivo.

Por fim, a autarquia deverá avançar com as ações “concretas e específicas”, sendo que o município quer cruzar diferentes setores, como seja a educação, a habitação, o desporto, o ambiente ou a ação social.

Uma aposta que surge por considerar que trabalhar, por exemplo, na área da igualdade de oportunidades, pode ter reflexos ao nível da promoção do sucesso escolar, ao nível profissional e ao nível da conciliação entre vida profissional e familiar.

“Há coisas simples que podem promover mudanças de comportamento e, sobretudo, mudanças de perspetivas”, apontou Regina Gouveia, frisando o papel de mediação e sensibilização que a autarquia pode ter no que concerne ao plano externo.

Neste trabalho, a autarquia contará ainda com a parceria da Coolabora, da Universidade da Beira Interior, bem como das forças de segurança, das associações empresariais, sindicatos e instituições de solidariedade social, entre outras entidades.


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