Bienal de Gravura do Douro com 15 exposições, 800 obras e 500 artistas em 2023

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Nesta que é a única bienal de gravura do país, as exposições distribuem-se pelos municípios de Alijó, Chaves, Vila Nova de Foz Côa, Peso da Régua, Sabrosa e Vila Real, terminando o evento a 31 de outubro.

A Bienal Internacional de Gravura do Douro arranca na quinta-feira, na Régua, estende-se até outubro, homenageia 26 artistas e inclui 15 exposições distribuídas por seis municípios, com 800 obras de 500 autores.

A Bienal do Douro nasceu em 2001 com a ambição de descentralizar a cultura e promover a arte da gravura.

“Em 2023, são 800 obras e 500 artistas de 65 países. Ao todo são 15 exposições repartidas por seis municípios”, afirmou hoje à agência Lusa o curador da Bienal do Douro, Nuno Canelas.

O responsável disse que a iniciativa vai estar “nos principais espaços de cultura” do Douro e Trás-os-Montes, como o Museu do Côa, o Espaço Miguel Torga, o Museu da Região Flaviense e o Museu do Douro (Peso da Régua) onde se dá, na quinta-feira, o arranque oficial à 11.ª edição.

Nesta que é a única bienal de gravura do país, as exposições distribuem-se pelos municípios de Alijó, Chaves, Vila Nova de Foz Côa, Peso da Régua, Sabrosa e Vila Real, terminando o evento a 31 de outubro.

A iniciativa representa a gravura tradicional bem como as renovadas tendências da gravura digital e dos novos media.

Em cada uma das anteriores edições foi homenageado um só artista, mas, segundo Nuno Canelas, este ano a bienal vai “homenagear 26 artistas”, onde se incluem também os 11 homenageados nas edições anteriores.

Segundo a organização, os artistas em destaque em 2023 são Octave Landuyt, Vieira da Silva, Nadir Afonso, Gil Teixeira Lopes, Paula Rego, Antoni Tàpies, Bartolomeu dos Santos, Júlio Pomar, José de Guimarães, Silvestre Pestana, José Rodrigues, Ângelo de Sousa, Júlio Resende, Sá Nogueira, Graça Morais, Cruzeiro Seixas, Henrique Silva, Fernando Lanhas, Lima de Freitas, Irene Ribeiro, Herten, Iuji Hiratsuka, Noguchi Akèmi, Tomiyuki Sakuta, Masataka Kuroyanagi e Weisbuch.

“Eu diria que é a exposição que se destaca mais e que estará patente no Museu do Douro”, apontou Nuno Canelas.

O programa conta ainda com a exposição “Xylon Áustria”, de autores austríacos, bem como uma exposição de obras dos comissários da bienal (que ajudam na organização do evento) e ainda conferências e oficinas.

Ao longo dos anos tem-se falado na criação de um espaço para acolher o espólio desta bienal.

“Eu diria que esse é o ponto fraco da bienal porque existe um vasto acervo das 11 edições realizadas e ainda das cinco edições da Global Print. Ou seja, já vamos com 16 eventos realizados em 22 anos e eu já perdi a conta ao número de gravuras que existe nesse acervo e estamos a falar de um acervo que não tem casa para estar”, salientou o responsável.

Geralmente, acrescentou, “constrói-se um museu e não há o que colocar lá e aqui é ao contrário”.

“Nós temos um vasto acervo e não temos um sítio apropriado para expor milhares de obras de todo o mundo. É uma coleção fantástica e é lamentável que não exista, e eu sei disso porque é uma luta constante, uma vontade ao nível regional e das comunidades intermunicipais de se dar o passo em frente para que exista um Museu de Gravura Contemporânea como existe, por exemplo, o Museu do Côa ligado à gravura rupestre”, afirmou.

Por fim, Nuno Canelas apelou para que as pessoas “procurem a cultura” e visitem as 15 exposições, ao mesmo tempo que estão a descobrir a região onde elas estão patentes.


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