Bienal de Gaia arranca terça-feira e estende-se até Seia

“Mulheres e Cidadania” e “Paz e Refugiados” são dois dos temas principais da terceira Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Gaia que decorre até 20 de julho.

“Mulheres e Cidadania” e “Paz e Refugiados” são dois dos temas principais da terceira Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Gaia que arranca terça-feira e decorre até 20 de julho, com 22 exposições.

“Esta é uma bienal de causas, um evento que se preocupa com as questões sociais e assumidamente políticas, daí convidamos pessoas ligadas à intervenção. Queremos afirmar a Bienal de Gaia como bienal da Área Metropolitana do Porto, como bienal do Norte. É uma bienal com cunho, com alma e com identidade”, disse à agência Lusa o coordenador da iniciativa, Agostinho Santos.

Entre outras exposições, a Bienal de Vila Nova de Gaia terá uma dedicada ao tema “Mulheres e Cidadania” com a participação de 11 artistas, sendo curadora Manuela Aguiar, ex-secretária de Estado da Emigração.

Já a exposição com o tema “Paz e Refugiados” terá curadoria de Ilda Figueiredo, presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação, e participação de 50 artistas.

Agostinho Santos avançou que, no total, serão 22 as exposições com cerca de 2.000 obras de mais de 500 artistas de 14 nacionalidades.

Organizada pela Cooperativa Cultural Artistas de Gaia, com o apoio da Câmara Municipal local, este evento que abre terça-feira para artistas e curadores e, na quarta, para público em geral vai realizar-se ao longo de 2.600 metros quadrados de área de exposição, correspondentes a dois pavilhões da Quinta da Fiação de Lever, antiga Companhia de Fiação de Crestuma.

Nota da organização descreve que, “com trabalhos assinados por consagrados artistas nacionais e estrangeiros”, a bienal estende-se também à Casa Museu Teixeira Lopes – Galerias Diogo de Macedo e ao Mosteiro de São Salvador de Grijó.

Somam-se oito polos em outras cidades: Alfandega da Fé, Gondomar, Viana do Castelo, Seia, Estremoz, Braga, Monção e Vigo (Espanha).

“Também procuramos cumprir o objetivo de interligar a arte com outras formas de intervenção artística, como a dança, a música e a literatura. E nesse sentido convidámos Sérgio Almeida para organizar uma exposição na qual várias pessoas ligadas à escrita são desafiadas a desenharem, pintarem e esculpirem. É um diálogo entre artes com cerca de 60 escritores”, contou Agostinho Santos sobre a iniciativa “Livre Mente”.

Também fazem parte do programa mostras ligadas a temas como “Territórios do Vinho” (curadoria de Manuel Novaes Cabral) ou “Mínimo, Máximo e Assim-assim” (curadoria de Fátima Lambert), “Sub(Missão)” (curadoria de Filipe Rodrigues), bem como “Museu de Causas – Coleções Agostinho Santos” (curadoria de Humberto Nelson).


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