Beiras e Serra da Estrela tem 108,7 ME de fundos europeus até 2030

Cccdrc Cimbse

O contrato para o desenvolvimento e coesão territorial assinado na sede da CIMBSE prevê investimentos intermunicipais e nos 15 municípios do território.

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela tem 108,7 milhões de euros (ME) de fundos comunitários até 2030, conforme contrato ontem assinado na Guarda com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

O contrato para o desenvolvimento e coesão territorial assinado na sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) prevê investimentos intermunicipais e nos 15 municípios do território.

Os 108,7 milhões de euros previstos no acordo correspondem a fundos comunitários, através do Programa Centro 2030, um valor que pode alavancar investimentos no total de 130 milhões de euros.

Na assinatura do contrato, o presidente da CIMBSE, Luís Tadeu salientou que foi o acordo “possível”, admitindo que os autarcas querem “sempre mais”. O dirigente evidenciou que esta será das últimas oportunidades para investir no território e nas suas gentes e que por isso “esticou-se ao máximo”.

Luís Tadeu, que é também presidente da Câmara Municipal de Gouveia, assegurou “o empenho e determinação” dos autarcas para a execução do contrato argumentando que a CIMBSE já demonstrou ser “capaz de o fazer”.

“Não deixará de ser aproveitado”, garantiu na sessão. O autarca lembrou que no atual quadro comunitário, a CIMBSE está com uma taxa de execução de 86%, o que na sua opinião demonstra “a vontade em fazer mais e melhores investimentos”.

O presidente da Comunidade Intermunicipal pediu ainda “ajuda” à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) nos momentos em que houver revisões do quadro comunitário de forma a puderem ser revistos investimentos em determinadas áreas.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, salientou que a partir de agora, “os municípios estão em condições de apresentar as candidaturas” e provar “a maturidade dos projetos apresentados”.

Com a assinatura destes contratos, a CCDR está a querer dizer que “as verbas serão melhor executadas com a proximidade”, acrescentou.

“Entregamos com toda a confiança, com provas dadas, de que são capazes de fazer”, apontou aos autarcas durante a sessão realizada esta tarde na Guarda.

Isabel Damasceno destacou a “extraordinária evolução” da CIMBSE, “naquilo que deve ser a construção de um entendimento”.

A dirigente realçou que sendo um território com grandes diferenças é essa “riqueza diferenciada que torna a CIMBSE interessante”.

De acordo com a CIMBSE, o contrato prevê projetos em diversas áreas, como a digitalização na administração pública, educação, proteção civil, saúde, mobilidade, património e habitação social.

“Estes projetos contribuem, num futuro próximo, para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de todo o território das Beiras e Serra da Estrela, assim como, torná-lo num território mais competitivo, atrativo e resiliente em diversas áreas”, salienta a CIMBSE.

A CIMBSE tem sede na Guarda e é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).


Conteúdo Recomendado