A Assembleia Municipal da Guarda aprovou hoje, por maioria, o orçamento camarário e as Grandes Opções do Plano (GOP) para 2019, no valor de 51,4 milhões de euros.
Os documentos do município presidido por Álvaro Amaro (PSD) foram aprovados com 56 votos a favor, 13 contra e uma abstenção.
O orçamento e as GOP tinham sido aprovados pelo executivo municipal no dia 22 de outubro, pela maioria social-democrata, com o voto contra dos dois vereadores eleitos pelo PS.
O orçamento municipal para 2019, no valor de 51,4 milhões de euros, tem um aumento de 6,1 milhões de euros relativamente ao de este ano.
Segundo o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, o orçamento é “ambicioso, mas realista”.
“No segundo ano de mandato deste executivo, que se iniciou em outubro de 2017, cumpre dar continuidade às opções que foram assumidas e que consideramos estruturais para o desenvolvimento do concelho”, refere o autarca no documento.
De acordo com o responsável, o orçamento contempla, “tal como em anos anteriores, as opções que têm subjacentes os interesses e necessidades legítimas e que são prioritárias na resolução dos problemas da população”.
Na nota introdutória do documento, Álvaro Amaro refere que o município valoriza “a melhoria da qualidade de vida ambiental, pela aposta no projeto da Guarda Cidade Sustentável, Bioclimática e Saudável, que se tem vindo a concretizar, na adoção de ações como a ansiada despoluição dos Rios Diz e Noéme ou da certificação do ar da Guarda”.
Durante a discussão do assunto, o autarca social-democrata disse que faz “ponto de honra” para que o orçamento para o próximo ano tenha “um bom nível de execução”.
“Este não é, nem será nunca o orçamento do PS”, disse o deputado Agostinho Gonçalves para justificar o voto contra da bancada socialista.
O CDS-PP votou contra devido à “manutenção da enorme carga fiscal sobre os munícipes”, segundo o deputado Henrique Monteiro.
O deputado do BE, Marco Loureiro, votou contra os documentos por o partido não ter sido ouvido na sua elaboração.
Aires Dinis, da CDU, absteve-se por considerar que o orçamento para 2019 tem alguns “aspetos positivos”, mas apresenta lacunas relacionadas com o apoio ao setor agrícola.
Por fim, o deputado do PSD Hugo Fernandes justificou o voto favorável da bancada social-democrata por o documento conter “eixos estratégicos para a Guarda” iniciados pelo atual executivo municipal em 2013.