“A arte tem esta particularidade de criar inquietude e o objetivo da Câmara Municipal é, por um lado, transmitir uma mensagem de esperança, em que a partir de um evento negativo podemos trazer e criar aspetos positivos, e, por outro, é uma chamada de atenção permanente para a responsabilidade que todos temos de impedir que tragédias como as que afetaram o país em 2017 não se voltem a repetir”, refere em comunicado o presidente da autarquia, João Lobo.
A tradicional árvore de Natal instalada nos Paços do Concelho de Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco, é uma instalação artística em que o formato cónico da árvore é alcançado pelo empilhamento de troncos de pinheiro de diversas dimensões, provenientes de pinheiros queimados no incêndio que afetou o concelho este verão.
Além dos troncos de pinheiro bravo, a árvore tem canecos em barro utilizados na recolha de resina, uma das atividades de maior impacto na região em décadas anteriores, e que o município quer recuperar como atividade económica, com impacto na limpeza da floresta e prevenção de incêndios.
Em cada caneco estão plantadas árvores e arbustos autóctones que podem, de igual forma, ser fonte de rendimento, como o medronho ou o pinheiro manso.
“Neste mês de dezembro, vamos realizar 19 ações de sensibilização, e já temos mais seis agendadas para janeiro de 2018, sobre a temática dos incêndios florestais, porque é fundamental que todos conheçam os seus deveres em matéria de limpeza da floresta junto aos aglomerados populacionais para termos a condição de proteger, em primeira linha, pessoas e bens”, explica João Lobo.
O autarca adianta ainda que, numa segunda fase, e com o processo de cadastro em andamento, o município pode avançar para uma gestão integrada e profissional da floresta.
A instalação artística da árvore de Natal é da autoria de Catarina Alves, escultora e técnica superior na Câmara de Proença-a-Nova.