Os 25 mil anos da Arte do Côa estão expostos na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, numa exposição até meados de março, sob o tema “Vale do Côa: singularidades de um território”.
Em declarações prestadas hoje à agência Lusa, o presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Bruno Navarro, disse que é a primeira vez que a Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros abre portas a uma iniciativa cultural deste género.
“Esta ideia passa por divulgar, o mais que possível, a arte pré-histórica do Vale do Côa, considerando que Lisboa, é um dos alvos preferências da nossa ação de divulgação e, ao mesmo tempo, associar o Côa e a sua arte, a um centro de decisão e de poder como é a Presidência do Conselho de Ministros”, frisou o dirigente.
Bruno Navarro sublinhou que esta exposição, na Presidência do Conselho de Ministros, significa um envolvimento do Governo na reabilitação e renovação no projeto arqueológico do Vale do Côa.
Além da exposição, há ainda um conjunto de visitas guiadas, às segundas-feiras, dirigidas ao grande público. Em simultâneo, está a ser feito um trabalho junto das escolas de Lisboa (5.º,7.º e 10.º anos), onde se mostra a arte rupestre pré-histórica, fora dos manuais escolares.
“Estes contactos servirão para que, no futuro próximo, os intervenientes possam visitar o Museu e o Parque Arqueológico do vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa”, indicou o presidente da FCP.
Esta iniciativa é da responsabilidade da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros e da FCP, estando inserida nas comemorações no 19.º aniversário da classificação do Vale do Côa, como Patrónimo Mundial da Humanidade, pela Unesco.
“Para o dia 04 de fevereiro está agendada uma outra visita, nos mesmos moldes”, indicou a organização do evento.
Para domingo, às 15 horas, está também marcada uma visita guiada à exposição na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, que será dirigida por Bruno Navarro.
“Além da realidade da arte rupestre do Vale do Côa, queremos avançar com uma reflexão no sentido de divulgar o património edificado, o histórico e natural deste território que abranges os concelhos de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda (Guarda) “, especificou.
A museografia do Côa foi concebida dentro de todo “o rigor científico”, como uma mostra explicativa dos ciclos de arte rupestre do Baixo Côa e Douro Superior, que se iniciaram no Paleolítico superior, há mais de 25.000 anos.
Segundo os especialistas, mais do que um museu de arqueologia, o Museu do Coa é, em primeiro lugar, um museu de arte, com obras quer dos caçadores-artistas do Gravetense, quer dos últimos moleiros rupestres da Canada do Infern