O projeto, que envolve a Câmara Municipal de Pinhel e o Agrupamento de Escolas, começou no início do ano e já contemplou a colocação de sete de um total de 11 obras de arte.
As caixas de eletricidade transformadas em telas de arte urbana pelos alunos do 12.º ano estão dispersas pela cidade e apresentam diversos motivos.
Os transeuntes são surpreendidos por instalações artísticas como dois caracóis (“Lentinhos”), um peixe (“A vida”), uma laranja (“A Laranja”), um tronco, pernas e braços (“Multideficiência”), um aloquete (“Enclausurada”) e muita cor (“Pinhel Art” e “Magia das Cores”).
O presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, disse à agência Lusa que a sua cidade “ficou mais bonita, mais atraente”.
“Significa que a cada recanto as pessoas que passam nas ruas da cidade podem encontrar arte. Enquanto presidente da Câmara Municipal de Pinhel estou grato por ter a gente jovem interessada em melhorar aquilo que é a visibilidade da cidade”, disse.
Rui Ventura lembra que os mesmos alunos, no ano passado, também executaram obras de arte que estão a embelezar algumas rotundas da cidade.
Referiu que Pinhel tem um vasto património histórico edificado e esta iniciativa contribuirá para “atrair mais gente”.
O professor Carlos Franco, um dos responsáveis pelo projeto, disse à Lusa que o trabalho ainda não está totalmente concluído, mas “o balanço é super positivo”.
As temáticas trabalhadas pelos alunos envolvidos no projeto artístico foram livres: “Cada um propôs o seu projeto. São 11 alunos, 11 projetos. Os materiais também são mais ou menos livres, desde que pudessem ser trabalhados por nós”.
Em relação à reação dos habitantes de Pinhel, Carlos Franco adianta que “as pessoas estão a gostar”.
Três dos 11 alunos envolvidos na iniciativa disseram à Lusa que a experiência é positiva.
“Eu gostei mesmo do trabalho. O que teve mais dificuldade foi mesmo fazer o peixe, [porque] usei vários materiais, mas, no final de tudo, gostei”, disse Micaela Gomes, de 19 anos, autora da obra “A vida”.
Patrícia Matias, de 17 anos, fez a intervenção “Pinhel Art”, tendo escolhido como tela uma caixa de eletricidade situada na parte mais antiga da cidade.
“Foi bom, valeu a pena ter o trabalho todo e o esforço que fizemos. Vale sempre a pena ver no final o trabalho”, disse.
A aluna Diana Costa, de 18 anos, transformou a caixa de eletricidade da rua onde vive na peça de arte “Magia das Cores” e considera o resultado “espetacular”.
“Gostei muito do trabalho, foi uma ideia que surgiu porque tinha uma má experiência desta caixa e baseei-me em três cores primárias”, explicou a jovem artista.