O social-democrata Álvaro Amaro, que decidiu em abril renunciar ao mandato de eurodeputado na sequência da condenação por prevaricação, deixou o Parlamento Europeu na passada sexta-feira, substituído por Carlos Coelho, foi hoje anunciado.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, no arranque dos trabalhos na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, informou que, “na sequência da demissão de Álvaro Amaro, […] o parlamento toma nota, em conformidade com o regimento, da desocupação do seu lugar a partir de 07 de julho”.
“As autoridades competentes de Portugal comunicaram-me a escolha de Carlos Coelho para o Parlamento Europeu, em substituição de Álvaro Amaro, com efeitos a partir de 07 de julho”, acrescentou Roberta Metsola.
A substituição surge depois de, no final de abril passado, Álvaro Amaro ter decidido renunciar ao mandato no Parlamento Europeu na sequência da condenação, pelo Tribunal da Guarda, por prevaricação, que lhe causou “enorme perplexidade e indignação”, reafirmando a sua inocência.
Mais tarde, em maio, foi conhecido que Álvaro Amaro ficaria até julho na assembleia europeia, uma vez terminadas “as atividades parlamentares e o trabalho legislativo” relevante para Portugal, avançou na altura o social-democrata à agência Lusa.
Com a saída de Amaro, regressa ao Parlamento Europeu Carlos Coelho, o seguinte na lista do PSD e um veterano do hemiciclo europeu, onde entrou pela primeira vez em 1994, cumprindo vários mandatos.
O eurodeputado do PSD Álvaro Amaro decidiu renunciar ao mandato ao mesmo tempo que reiterou a sua inocência após condenação a uma pena suspensa de três anos e meio por prevaricação, na Guarda, sentença da qual disse ir recorrer.
No Parlamento Europeu, Álvaro Amaro integrava a Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e a delegação à Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE.
Neste arranque da sessão plenária do Parlamento Europeu, a presidente da instituição, Roberta Metsola, recordou ainda os 500 dias da guerra da Ucrânia, assinalados este fim de semana, sublinhando que “o Parlamento Europeu tem estado ao lado” de Kyiv e do seu povo “desde o início, liderando o apelo para que seja concedido […] o estatuto de país candidato à adesão à UE e impulsionando a dinâmica política de apoio humanitário, militar e financeiro”.