Sérgio Monteiro diz que não há capacidade orçamental para o IC31 e IC6

O secretário de Estado dos Transportes disse esta quarta-feira que o IC31, entre Monfortinho e Espanha, e o IC6, entre Covilhã e Coimbra, são “obras adiadas mas não esquecidas”, para as quais não há capacidade orçamental.

“O IC31 e o IC6 são obras adiadas. Não estão esquecidas porque estão contempladas no Plano Rodoviário Nacional (PRN), mas, claramente, são obras para as quais a capacidade orçamental do país não tem condições de responder nos próximos anos”, adiantou Sérgio Monteiro à agência Lusa. O governante, que falava em Castelo Branco, à margem do seminário “Scutvias-15 anos”, explicou que existem “limitações severas da Comissão Europeia (CE) relativamente ao investimento em estradas”. “É considerada uma prioridade negativa”, sublinhou. “A CE disse que não havia dinheiro comunitário, do fundo de coesão, para estradas portuguesas”, adiantou. Sérgio Monteiro relembrou o índice de competitividade do país, apresentado recentemente pelo fórum económico mundial, no qual Portugal surge como o segundo país do mundo mais avançado em estradas. “Ora não faz sentido utilizar fundos da coesão, ou seja, para que Portugal se aproxime dos outros países europeus, numa área onde já esta muito para lá da média europeia. Daí, que a CE tenha recusado estar a investir em estradas”, sublinhou. Não tendo o país fundos comunitários para estradas, o governante refere que o país “não tem ainda capacidade orçamental para estar a fazer investimento que não seja portajado”, concluiu o secretário de Estado.


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