A autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo refere, em nota hoje enviada à agência Lusa, que “nos solos percorridos por incêndios, especialmente onde o fogo apresentou maior intensidade e onde o declive é mais acentuado, a perda potencial de solo pela erosão é um problema grave, com riscos acrescidos de inundações e deslizamentos de terras”.
Por isso, o município considera que “é fundamental ser ágil na intervenção, já que a perda de solo origina a redução do potencial produtivo do solo florestal, devido à perda de nutrientes e, logo, à perda de valor”.
Para proteger o solo contra a erosão, o Município de Seia, através do Gabinete Técnico Florestal, faz várias recomendações como a não utilização de maquinaria pesada em áreas ardidas, exceto quando absolutamente necessário.
Não realizar quaisquer ações de mobilização de solo, quer por maquinaria pesada quer manualmente, de forma a evitar o arrastamento e perda de solo, e não proceder ao corte de folhosas (carvalhos, castanheiros, sobreiros, azinheiras, bétulas, amieiros, etc.) antes da próxima primavera, são outras das sugestões.
A autarquia também pede que não sejam abatidas árvores resinosas (pinheiros, pseudotsugas, ciprestes, etc.) e que sejam respeitadas as normas de boas práticas florestais na extração e transporte de madeira em zonas ardidas, de forma a minimizar os efeitos erosivos destas intervenções.
É ainda aconselhado que “todos os sobrantes devem ser dispostos segundo as curvas de nível, ou seja, perpendicularmente ao declive [do terreno], por forma a promover a retenção de cinzas e solo arrastados pelas chuvas”.
O Município de Seia também considera que neste momento não devem ser feitas plantações ou sementeiras em áreas ardidas.
Os interessados podem obter aconselhamento técnico ou esclarecimentos junto do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Seia, através de correio eletrónico (gtf@cm-seia.pt) ou por telefone (238 310 230).