Santinho Pacheco quer que laboratório da Guarda possa fazer análises à legionella

O deputado do PS eleito pela Guarda Santinho Pacheco está preocupado com a possibilidade de o Laboratório de Saúde Pública localizado na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda não poder fazer análises à legionella, apesar de estar acreditado para esse efeito desde novembro do ano passado.

“Chegou ao meu conhecimento que o Governo se prepara para concentrar todas as análises da legionella num único laboratório do Estado o do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, retirando esta possibilidade aos únicos laboratórios acreditados a norte e no centro, o de Braga e o da ULS da Guarda, passando estes a mero coletores de colheitas”, afirma o parlamentar numa pergunta dirigida ao gabinete do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

“Não se justifica, no âmbito da política de valorização do Interior que o Governo reforce os serviços de qualidade prestados pelo Laboratório de Saúde Pública da ULS/Guarda, mesmo que em prejuízo do laboratório do Instituto Ricardo Jorge, investindo, se necessário for, num equipamento de referência fora de Lisboa localizado num território de baixa densidade e em forte perda”, pergunta Santinho Pacheco. O socialista defende, no documento enviado, que “o desenvolvimento do interior deve começar com próprio Estado, investindo no interior, colocando serviços no interior que tragam as pessoas para estas terras cada vez mais despovoadas”.

Lembra ainda a laboratório da ULS da Guarda é o “único acreditado da Região Centro segundo a norma NP EN ISO 17025:2005 desde 2011, com o anexo técnico L0570-1, onde constam 27 parâmetros acreditados” e que “desenvolve a sua atividade no âmbito da avaliação da qualidade da água nas vertentes físico-química e microbiológica, de acordo com as exigências da legislação nacional e comunitária e com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), numa abordagem de problemas ambientais que representam risco para a saúde humana”. Presta serviço, refere o deputado, “ no controlo da qualidade em águas de consumo, águas minerais, naturais e de nascente, águas naturais doces (águas superficiais, subterrâneas, termais e balneares), águas de processo (águas de hemodiálise e para uso industrial) e águas de piscina, à comunidade onde se insere e a clientes externos dos distritos de Castelo Branco e Viseu”.


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