Recriação histórica do cerco da vila de Almeida envolve 400 figurantes

Cerca de 400 figurantes portugueses e estrangeiros participam, no fim de semana, na recriação histórica do cerco de Almeida, ocorrido em 1810 durante a terceira Invasão Francesa, disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia.

Segundo António Baptista Ribeiro, as comemorações evocativas do cerco da vila de Almeida começam na quinta-feira e prolongam-se até domingo com diversas iniciativas de caráter histórico e cultural, com destaque para recriações históricas, um seminário internacional e um mercado oitocentista.

As recriações históricas do cerco que levou à capitulação da praça-forte de Almeida, a 28 de agosto de 1810, serão feitas por cerca de 400 recriadores e figurantes nacionais e também oriundos de Espanha, Inglaterra, França e Holanda.

O autarca adiantou que “o momento mais alto das comemorações” terá lugar no sábado à noite com a realização de uma batalha noturna e a recriação do rebentamento do castelo.

“No domingo, era habitual recriar-se a batalha, mas este ano introduzimos uma novidade que é um assalto à vila, pelas ruas. Isso aconteceu [em 1810] depois de a fortaleza ter sido tomada”, referiu.

O programa comemorativo começa na quinta-feira, pelas 9h30, com 8.º Seminário Internacional “Fortalezas e Fronteiras”, que se prolonga até sábado.

Na sexta-feira, pelas 19h30, tem início o mercado oitocentista, que inclui animação, e, às 22h30, começa uma ronda de sentinelas nas portas da vila.

Para as 10h30 de sábado, está agendada a cerimónia de homenagem aos mortos do cerco de Almeida, na Ponte do Côa, com a deposição de flores e de uma placa alusiva.

A realização de um acampamento histórico-militar e oficinas pedagógicas (14h30), uma conferência sobre “Almeida na Guerra Peninsular” (15 horas), uma batalha noturna com assalto à fortaleza (22h30) e a explosão do castelo (espetáculo piromusical e efeitos cénicos) fazem também parte do cartaz.

No último dia das comemorações, domingo, para além da continuação do mercado oitocentista, haverá, pelas 10h30, a atividade “escaramuças pelas ruas do centro histórico – siga os soldados”.

Os visitantes terão ainda possibilidade de assistir a exposições de escultura (“Evolução do uniforme português na moldagem caricatural de Carlos Gonçalves”) e de fotografia (“Traços de Guerra”, de Ángel Centeno, e “Grandes Ângulos”, de Ángel Pablo).

Durante os quatro dias das atividades comemorativas do cerco de Almeida, o presidente da câmara espera acolher “largos milhares” de visitantes nacionais e estrangeiros, como aconteceu em anos anteriores.

“Este evento tem vindo a ganhar dimensão e hoje já é uma marca até com projeção internacional, com muitos recriadores vindos de outros países”, observou António Baptista Ribeiro.


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