PSD questiona Governo sobre construção de estradas na Serra da Estrela

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda anunciaram hoje que questionaram o Governo sobre a construção de três Itinerários Complementares (IC) na Serra da Estrela, considerados “fundamentais” para o desenvolvimento da região.

Segundo os deputados, o IC7 (Oliveira do Hospital/Seia/Gouveia/Fornos de Algodres ou Celorico da Beira), o IC37 (Seia/Viseu) e o IC6 (Oliveira do Hospital/Seia/Covilhã) são “determinantes para o desenvolvimento da região Centro do país e na ligação entre as duas partes da Serra da Estrela e os distritos de Coimbra, Guarda, Viseu e Castelo Branco”.

No requerimento enviado ao ministro do Planeamento e Infraestruturas através da Assembleia da República, os deputados Carlos Peixoto e Ângela Guerra perguntam se o Governo reconhece a importância destes IC e se tem previsto “iniciar, continuar a execução ou concluir algum destes itinerários, mais concretamente o IC7 até à A25 (autoestrada Aveiro/Vilar Formoso), aquele que apresenta custos mais reduzidos”.

“Em caso afirmativo, que planeamento e calendarização tem previstos para a retoma da construção dessa estrada”, é também questionado.

Os dois deputados do PSD que representam o distrito da Guarda na Assembleia da República lembram que “não há nenhum partido político com representação parlamentar que, de uma forma ou de outra, uns mais que outros, na oposição ou no Governo, não tenha já defendido a construção dos denominados IC7, IC6 e IC37”.

“Estas acessibilidades têm sido consensualmente apontadas como fundamentais ao desenvolvimento da região Centro do país e à ligação entre as duas partes da Serra da Estrela, que tem o PIB (Produto Interno Bruto) mais baixo do país”, alegam.

Referem ainda que a sua concretização “é justa do ponto de vista da coesão territorial, por tratar de forma diferenciada regiões mais desfavorecidas” e “é inteligente do ponto de vista económico e empresarial, por perspetivar a criação de condições que viabilizam mais investimento, mais empreendedorismo local, mais riqueza e mais emprego”.

“Todas estas vias são estruturantes para ligar condignamente os distritos de Coimbra, Guarda, Viseu e Castelo Branco, aumentando a competitividade de quem neles pretende apostar”, assinalam.

Carlos Peixoto e Ângela Guerra apontam ainda que, não havendo fundos comunitários disponíveis para a comparticipação do custo destas estruturas, “é compreensível que o Governo priorize e calendarize as suas opções, caso tenha vontade política de as prosseguir para valorizar e potenciar o seu território, como tem apregoado”.


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