“Face às recentes notícias veiculadas pela comunicação social relativamente ao encerramento da Secretaria de Estado da Ação Social, a Comissão Política de Secção da Guarda do PPD/PSD vem condenar veementemente a política com que o Partido Socialista tem destratado a Guarda e a sua população”, referiu aquela estrutura social-democrata em comunicado hoje enviado à agência Lusa.
O PSD apontou que a Secretaria de Estado de Ação Social, criada em 2019, não foi, na “humilde opinião” dos dirigentes daquele partido, “mais do que ‘uma hospedaria’ dos ‘boys socialistas’ que integraram as listas candidatas pelo PS à Assembleia da República pelo círculo eleitoral da Guarda, a quem se somaram mais uns quantos ‘bons rapazes’ devotos do partido da rosa que foram desta forma recompensados”.
Segundo o PSD, a Secretaria de Estado da Ação Social “não contemplou, nos seus quadros, nenhum técnico superior de Serviço Social ou com habilitações próximas da área de intervenção, tendo optado por técnicos com formações muito distintas e afastadas da especificidade que a Ação Social requer”, o que “foi um claro indicador de ineficácia e de inércia na atuação e na intervenção na ação social”.
“Volvidos cerca de dois anos da sua criação e tendo sido realizada despesa considerável, por parte do Governo Socialista, na intervenção e requalificação do espaço onde atualmente se encontram os seus serviços, o que, na nossa opinião, resulta existir prova cabal da falta de visão e em simultâneo de despesismo público na consecução exclusiva da ‘politiquice socialista para inglês ver’”, lê-se.
No comunicado, a concelhia da Guarda do PSD, liderada desde sábado por Júlio Santos, fez um apelo e um desafio a Ana Mendes Godinho, reconduzida como ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que foi reeleita pelo círculo eleitoral da Guarda e “espalhou promessas” durante a campanha eleitoral, “para que reconheça e compense o território da população que a elegeu com infraestruturas e organismos que combatam a desertificação e que venham inverter a linha decadente da demografia que o interior tem vindo a sofrer”.
“[Ana Mendes Godinho] tem ao seu alcance a possibilidade de deslocalizar e descentralizar para a Guarda organismos e serviços, como IGF [Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social] ou ISS [Instituto da Segurança Social], I.P. (ou ambos, porque não?)”, considerou o PSD.
A finalizar o comunicado, o partido referiu que as pessoas são “o bem mais importante” do território e a Guarda “exige verdade, exige um conjunto de políticas descentralizadoras, consistentes e imperiosas, exige investimento público ao nível do existente no litoral e exige acima de tudo respeito”.
“Queremos mais emprego, mais gente, mais dinamismo”.