PSD contra adiamento da obra de requalificação do Edifício 5 do hospital da Guarda

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A Comissão Política Distrital do PSD da Guarda lamentou que a candidatura das obras de requalificação do Edifício 5 do hospital local a fundos comunitários não tenha sido aprovada, situação que terá consequências para os utentes.

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda anunciou na semana passada que a candidatura das obras de requalificação do Edifício 5 do Hospital Sousa Martins a fundos comunitários não foi aprovada, o que obriga ao adiamento das obras.

O PSD emitiu esta segunda-feira um comunicado sobre o assunto, com o título “Governo: uma unidade de (de)missão do interior”, onde refere que, perante a decisão, as obras, “no valor de 2,5 milhões de euros, vão ficar como estão, ou seja, sem sair do papel”.

“O mesmo Estado português que há pouco mais de seis meses, através do Governo e do Ministério da Saúde, classificou essa empreitada como prioritária para a região Centro, é aquele que agora, através da Comissão de Coordenação do Centro, vem dizer, sem corar de vergonha, que o investimento não tem sustentabilidade económico financeira nem maturidade”, sustenta o partido na nota enviada à agência Lusa.

A estrutura distrital social-democrata presidida por Carlos Peixoto refere ainda que, “sem se perceber minimamente em que critérios e estudos objetivos e credíveis se baseou a entidade que fez ‘abortar’ a obra, a verdade é que quem sofre com esta incompreensível decisão são os utentes do hospital, mais concretamente as mães e as crianças”.

Para o PSD, com a decisão, o distrito da Guarda é “decididamente atirado pelo Governo para a cauda dos cuidados maternoinfantis”.

A nota refere ainda que “o estilo do Governo já é conhecido e já foi noutros casos desmascarado”.

“Cria ilusões e expectativas com a divulgação e priorização de projetos, deixando os incautos cidadãos na esperança de que eles vão ser concretizados e, depois, quando eles são candidatados, chumba-os com argumentos que dizem bem sobre a sua visão centralista e avessa à coesão territorial, qualificando-os de investimentos que a região não merece e que não consegue rentabilizar”, aponta.

A distrital do PSD/Guarda considera ainda que “apesar dos seus enfastiantes discursos, o Governo está a desprezar o interior [do país] mais do que nunca e este seu chumbo é um definitivo baixar de braços” relativamente ao distrito da Guarda e às suas gentes.

Segundo a ULS da Guarda, presidida por Isabel Coelho, a candidatura da obra de requalificação do Edifício 5 do hospital local, para a instalação do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, foi indeferida pela Comissão Diretiva do Programa Operacional do Centro por não terem sido cumpridos os “critérios de elegibilidade da operação e do beneficiário previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro e no Aviso de Concurso”.

O Conselho de Administração da ULS referiu em comunicado que “lamenta” a decisão, porque “adia melhores acessibilidades e comodidades” aos utentes, “bem como a melhoria das condições de trabalho dos profissionais”.

A ULS equaciona, “no mais curto prazo possível, proceder à recandidatura da obra, depois de assegurados os devidos critérios de elegibilidade”.

 


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