PS elege Ana Mendes Godinho e António Monteirinho, PSD elege Gustavo Duarte

O Partido Socialista (PS) venceu as eleições legislativas deste domingo no círculo eleitoral da Guarda e manteve dois deputados, enquanto o Partido Social-Democrata (PSD) continuou a perder votos e apenas conseguiu um dos três mandatos.

O distrito da Guarda elege, desde as legislativas de 2019, três deputados à Assembleia da República e os socialistas, que tinham sido os mais votados nas legislativas anteriores, mantiveram a tendência e voltaram a ser vencedores.

Segundo os resultados oficiais, o PS conquistou este ano 45,10% dos votos, enquanto o PSD obteve 33,52%.

O PS ganhou em 11 concelhos (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Sabugal, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa) e o PSD em três (Aguiar da Beira, Pinhel e Mêda).

Com estes resultados, o distrito da Guarda ficará representado no parlamento pelos deputados do PS Ana Mendes Godinho (atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) e António Monteirinho (líder concelhio do PS e vogal executivo no Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde), e, na bancada social-democrata, por Gustavo Duarte (ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa).

Apesar de manter Ana Mendes Godinho na Assembleia da República, o PS decidiu não incluir na lista o atual deputado Santinho Pacheco, e o PSD não candidatou o atual deputado Carlos Peixoto e optou pelo ex-autarca Gustavo Duarte, apresentando como número dois João Prata, que é o atual presidente da Junta de Freguesia da Guarda.

Em 2019 o PS foi a força partidária mais votada, com 37,55% dos votos, enquanto o PSD obteve 34,37%.

O BE manteve-se então como a terceira força política mais votada, com 7,81% dos votos, seguindo-se, em quarto, o CDS-PP, com 4,99%, e, em quinto lugar, o PCP-PEV, com 2,99% dos votos.

Num distrito onde a abstenção foi nesse ano de 49,42%, estavam inscritos 151.535 eleitores e votaram 76.649.

Nas eleições deste domingo, a que concorreram neste círculo 15 listas, estavam inscritos 145.852 e votaram 76.901, sendo a abstenção de 47,27%.

O Chega foi agora a terceira força política mais votada, com 7,95% dos votos, seguindo-se, em quarto, o BE, com 3,07%, e, em quinto lugar, o CDS-PP, com 2,21%.

O círculo eleitoral da Guarda, por se situar no interior do país, continua a debater-se com a falta de população.

Segundo os resultados dos Censos de 2021, o distrito, com 14 municípios, contabiliza 142.998 residentes, quando em 2011 possuía 160.939, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE) indicam que em 1975 (Constituinte) a Guarda elegia seis representantes para a Assembleia da República, tendo passado para cinco em 1979 (eleição intercalar), para quatro em 1991 e para três em 2019.

Desde as eleições legislativas de 1987 que o círculo eleitoral da Guarda apenas elege deputados do PS e do PSD, tendo igualado o número de eleitos (dois-dois) nos atos eleitorais de 1995, 1999, 2002, 2005, 2009 e 2015.


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