“A César o que é de César: a solução encontrada deve-se em exclusivo à atuação do PS, quer em termos nacionais, quer em termos locais, contra as vontades e interesses de outros que defendiam soluções distintivas para a resolução do problema do Hotel Turismo da Guarda”, refere em comunicado a concelhia socialista.
O Governo anunciou na quinta-feira que o edifício do antigo hotel vai ser recuperado pelo agrupamento de empresas MRG, no âmbito do Programa Revive, num investimento global estimado de sete milhões de euros.
Hoje, a concelhia do PS da Guarda, presidida por Agostinho Gonçalves, sublinha numa nota enviada à agência Lusa que se congratula com o anúncio e lembra que a solução encontrada foi defendida pelo partido nas últimas eleições autárquicas, constando do seu programa eleitoral a “requalificação enquanto hotel com componente de formação na área da hotelaria”.
“Nunca tivemos dúvidas de que esta seria a melhor solução para o emblemático Hotel Turismo da Guarda”, sublinha o dirigente.
Agostinho Gonçalves recorda que “houve quem defendesse outras soluções, chegando mesmo a pedir (em alto e bom som) que o Governo não comprasse o hotel à Câmara Municipal da Guarda”, referindo-se ao autarca social-democrata Álvaro Amaro, presidente do município.
Segundo o PS/Guarda, a inclusão do antigo hotel no Programa Revive “foi uma exigência feita perante António Costa pela candidatura do PS à Câmara Municipal da Guarda liderada por Eduardo Brito”.
“Não fosse a exigência feita e o problema do Hotel Turismo continuaria hoje sem qualquer solução”, afirma o líder da concelhia socialista.
O gabinete da secretária de Estado do Turismo anunciou na quinta-feira em comunicado que “a concessão do Hotel Turismo da Guarda, que faz parte do Programa Revive, foi adjudicada ao agrupamento de empresas MRG”.
Segundo a fonte, o consórcio fica com a concessão do imóvel icónico da Guarda “durante 50 anos, mediante o pagamento de uma contrapartida anual de 63 mil euros”, estando o investimento total de recuperação do edificado estimado em sete milhões de euros.
“O consórcio compromete-se a construir uma unidade hoteleira neste imóvel que ocupe no mínimo 55% da área bruta de construção. Está prevista uma unidade ‘boutique’ hotel, de quatro estrelas, ligada ao tema da neve, com 50 quartos e com outras valências como SPA (que estará acessível igualmente aos residentes no município) e restaurante”, acrescenta a nota enviada à agência Lusa.
Em 2010, o Turismo de Portugal comprou o imóvel à Câmara Municipal para um projeto de requalificação turística, mas esse projeto foi abandonado em 2012 e o hotel está desde então devoluto.