Segundo a autarquia presidida por Luís Tadeu, as comemorações terão início oficial a 28 de janeiro de 2016, data da celebração dos cem anos do nascimento do escritor, e encerram em 2017, no mesmo dia e mês.
O programa inclui exposições, colóquios, música, teatro, exibição de filmes, a reedição de obras literárias e a apresentação do “Roteiro Vergiliano – Melo e a ‘aldeia eterna’ de Vergílio Ferreira”, entre outros momentos.
O município de Gouveia refere, em comunicado enviado à agência Lusa, que com as atividades agendadas pretende “honrar e continuar a divulgar o singular legado de Vergílio Ferreira na literatura e cultura portuguesas”.
As comemorações arrancam no dia 28 de janeiro de 2016 com a inauguração da exposição “Vergílio Ferreira – Os Caminhos da Escrita”, no Museu Abel Manta, a emissão de um postal alusivo ao centenário e a reposição do busto do escritor na Praça de São Pedro, no centro de Gouveia.
No dia 30 de janeiro será realizada uma jornada de evocação da vida e obra do escritor, onde “diversas personalidades que conviveram com o autor de ‘Aparição’ serão convidadas a apresentar o amigo, o escritor, o intelectual e o professor”, segundo a autarquia.
De 19 a 21 de maio será realizado um colóquio internacional sobre “Vergílio Ferreira e o Apelo Invencível da Arte de Pensar”.
Para o dia 12 de agosto de 2016 está agendada a apresentação do “Roteiro Vergiliano – Melo e a ‘aldeia eterna’ de Vergílio Ferreira”, que pretende dar a conhecer “alguns lugares da aldeia natal do autor que inspiraram a construção do palco principal de quase todos os seus romances e narrativas breves”.
O encerramento das comemorações do centenário do nascimento do escritor terá lugar no dia 28 de janeiro de 2017 com uma palestra sobre o roteiro vergiliano e o espólio bibliográfico da Sala Vergílio Ferreira (Gouveia), anunciam também os promotores.
No âmbito da iniciativa, o município de Gouveia, no distrito da Guarda, anuncia que também criou uma página na internet, www.vergilioferreira.pt, que é inteiramente dedicada a Vergílio Ferreira.
O autor de “Manhã Submersa” nasceu na aldeia de Melo, Gouveia, a 28 de janeiro de 1916, e morreu a 1 de março de 1996.
A Câmara Municipal de Gouveia lembra que o escritor é considerado “um dos maiores romancistas da literatura de língua portuguesa” e autor “de alguns dos títulos que marcaram a paisagem da ficção nacional da segunda metade do século XX, tais como: ‘Aparição’, ‘Alegria Breve’, ‘Nítido Nulo’ e ‘Para Sempre’”.