Processo de encerramento de escolas na Guarda “não está totalmente fechado” diz autarquia

O processo relativo ao número de escolas do 1.º ciclo do ensino básico a encerrar no concelho da Guarda no próximo ano letivo ainda “não está totalmente fechado”, anunciou a autarquia.

No âmbito do processo de reorganização da rede escolar, o Ministério da Educação e Ciência anunciou o fecho de cinco escolas no concelho da Guarda (Rapoula, Cubo, Rio Diz, Rochoso e Vila Fernando), mas a autarquia revelou que “ainda não deu a sua concordância”, embora reconheça o bom trabalho de cooperação com a Direção Regional de Educação.

O vereador Victor Amaral, responsável pelo pelouro da Educação, explicou ontem aos jornalistas, no final da reunião do executivo municipal, que “há uma tentativa” por parte do município para que “possa haver alguma inversão” na decisão do Governo.

“É um processo que não está totalmente fechado”, garantiu Victor Amaral, lembrando que face à decisão, o município “tem a obrigação de salvaguardar os interesses do concelho em relação à cobertura da rede escolar e é isso que a câmara está a fazer”.

O vice-presidente da autarquia, Carlos Chaves Monteiro, que presidiu à última reunião de câmara, indicou que também havia a previsão do fecho de três jardins-de-infância no concelho, nas localidades de Maçainhas, Casal de Cinza e Vila Garcia, “mas nenhum deles foi encerrado”.

O Ministério da Educação e Ciência anunciou no sábado que vai fechar 311 escolas do 1.º ciclo do ensino básico e integrá-las em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino, no âmbito do processo de reorganização da rede escolar.

“O novo ano letivo terá início em infraestruturas com recursos que oferecem melhores condições para o sucesso escolar. [Os alunos] estarão integrados em turmas compostas por colegas da mesma idade, terão acesso a recursos mais variados, como bibliotecas e recintos apropriados a atividades físicas e participação em ofertas de escola mais diversificadas”, refere a tutela em comunicado.

O Ministério da Educação e Ciência salienta ainda que o processo foi realizado em articulação com as câmaras municipais, diretores de serviço regionais, gabinete do secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar e a Associação Nacional de Municípios.

“Conforme acordado na última destas reuniões, está neste momento a ser negociado um novo protocolo que dê continuidade ao compromisso estabelecido em 2010, prossiga os trabalhos de concentração de escolas e respeite os princípios estabelecidos”, lê-se ainda no documento.


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