Problema mecânico força abandono de Mário Patrão

O campeão nacional de todo-o-terreno, Mário Patrão, abandonou a prova com problemas de injeção de combustível na sua Suzuki.

O ‘motard’ Paulo Gonçalves (Honda) foi ontem apenas quinto classificado na 10.ª etapa do Rali Dakar, perdendo 2.07 minutos para a liderança do espanhol Marc Coma (KTM), em tirada vencida pelo compatriota Joan Barreda (Honda).

Em nova travessia dos Andes, entre Calama, no Chile, a Salta, já na Argentina, Coma esteve melhor do que Gonçalves – Ruben Faria (KTM) foi terceiro – na especial de 371 quilómetros e ampliou a sua vantagem no comando para os 7.35 minutos.

“Foi uma especial bastante rápida, com pouca navegação. No início escorregava muito a pista, tinha a mota cheia de gasolina e não tinha confiança. Perdi algum tempo. Depois apanhei o Hélder [Rodrigues] e depois o [Joan] Barreda e o [Marc] Coma apanharam-nos e viemos juntos até ao fim”, explicou Paulo Gonçalves.

Ainda assim, Gonçalves mantém o otimismo para o que falta de prova: “Estou contente, pois a mota está em perfeitas condições para quinta-feira, importantíssimo para etapa maratona sem assistência. Faltam três dias para o fim e vamos continuar a lutar para fazer o melhor possível”.

Joan Barreda (liderou a prova da segunda à sétima etapa, quando teve problemas mecânicos) completou a prova em 4:07.11, deixando Marc Coma a 1.39, Ruben Faria a 1.57, Toby Price a 2.14, Paulo Gonçalves a 3.46 e Hélder Rodrigues (Honda), que foi sétimo, a 6.26.

“A etapa não era muito exigente em navegação e desde os primeiros quilómetros que me senti muito bem. Ataquei um pouco mais na fase final. Hoje foi o primeiro dia de uma maratona e todos os pilotos se retraíram para poupar material para amanhã [quinta-feira]. A minha moto está perfeita e vou tentar imprimir um bom ritmo desde a partida, porque me sinto também confortável neste tipo de piso”, disse Rúben Faria.

O campeão nacional de todo-o-terreno, Mário Patrão, abandonou com problemas de injeção de combustível na sua Suzuki.

“Estou fora de prova, triste, exausto. Fiz tudo o que podia, mas a sorte não me quis acompanhar neste Dakar. Andei todos os dias como se estivesse na minha oficina, em Seia, sempre a reparar a mota pelo percurso, sempre com problemas. Fiz de tudo para me limitar a chegar a Buenos Aires. O objetivo principal era terminar, já que impor o meu ritmo e as minhas capacidades estava fora de questão”, lamentou.

Na quinta-feira disputa-se uma especial de 298 quilómetros, com partida em Salta e que percorre a “Ruta 40” até Termas de Río Hondo.


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