Presidente da Câmara da Guarda diz que oposição fez "ato de contrição"

Para o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, foi “um ato de contrição” dos vereadores da oposição, em relação ao chumbo do orçamento para 2024.

O presidente da Câmara da Guarda diz que oposição fez “ato de contrição” ao aprovar hoje uma alteração ao orçamento de 2023, que permite avançar com projetos condicionados por falta de um orçamento para 2024.

A alteração proposta pelo executivo do movimento Pela Guarda (PG) com 149 pontos foi aprovada por unanimidade com os votos favoráveis da vereadora do PS e dos três eleitos pelo PSD.

Para o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, foi “um ato de contrição” dos vereadores da oposição, em relação ao chumbo do orçamento para 2024.

“Não quero pensar que é por estarmos em campanha eleitoral”, atirou o autarca em declarações aos jornalistas no final da reunião.

A revisão, que Sérgio Costa explicou tratar-se de “um documento meramente técnico”, inclui projetos que já tinham sido aprovados pelo executivo noutras reuniões.

O autarca descreveu que foram feitas alterações de algumas rubricas, ajustamentos e correções, eliminadas e introduzidas outras.

Nas rubricas introduzidas, Sérgio Costa destacou o projeto dos bairros digitais, a requalificação da antiga Associação Comercial, a requalificação da sede da UEPS da GNR, os estaleiros municipais, o reforço do apoio às Associações de Bombeiros do concelho, entre outros.

O autarca do PG observou que alguns destes projetos sofreram “um atraso, porque já podiam estar em curso” se a oposição não tivesse chumbado a proposta de orçamento para 2024.

A vereadora socialista, Adelaide Campos, realçou a atitude do presidente da Câmara em querer discutir a proposta “ponto por ponto”, considerando que foi “ao encontro dos vereadores [da oposição], numa reunião aberta”.

Mas sustenta que o PS quer um novo orçamento “que traga a estratégia que a Câmara Municipal tem de ter para o concelho”.

“O PS exige que haja um orçamento que nos dê com toda a clarificação o que é o quê nesta cidade e para onde se dirigem os dinheiros”, reforçou.

Adelaide Campos explicou que propôs algumas alterações como a retirada da construção do novo Centro Escolar na cidade por entender que “tem de ser discutido de novo” e o reforço de verbas para a recuperação rápida dos edifícios da Praça Velha.

O vereador social-democrata Carlos Chaves Monteiro realçou que as 30 propostas apresentadas pelos eleitos do PSD foram na grande maioria aceites pelo presidente, destacando a sugestão de retirar o ponto sobre a construção do novo centro escolar na cidade, por ser um assunto “crucial” que merece uma discussão mais aprofundada.

O executivo municipal aprovou ainda, por maioria, a contração de um empréstimo no valor de 7,7 milhões de euros para assegurar a componente municipal nos investimentos nas freguesias na sequência dos incêndios e das intempéries, para requalificar o Parque Infantil do Polis e para as obras do estaleiro municipal. O presidente da Câmara defendeu que são obras “de necessidade efetiva”. Os eleitos do PSD votaram contra e a vereadora do PS absteve-se.

O vereador do PSD acusou o executivo do movimento pela Guarda de “gestão catastrófica” por assumir um compromisso de 20 anos com encargos que vai comprometer as gerações futuras”.

Sérgio Costa respondeu que lamenta que o vereador do PSD tenha votado contra os investimentos nas freguesias e que “prefira que não se faça nada”.


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