A entrega do prémio acontece no âmbito das comemorações do 23.º aniversário da classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património Mundial da UNESCO, que decorrem no Museu de Memória Rural, em Vilarinho da Castanheira, Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança.
Fonte da CCDR-N disse à agência Lusa que, à edição deste ano do Prémio de Arquitetura do Douro, foram submetidas 16 candidaturas.
Com periodicidade bienal, o galardão visa divulgar e promover a “excelência da arquitetura” no ADV e “boas práticas” no exercício da arquitetura em obras de construção, conservação e reabilitação de edifícios, bem como intervenções de redesenho urbano no espaço público.
Podem candidatar-se edificações ou conjuntos arquitetónicos construídos de raiz ou objeto de grande reabilitação que estejam implantados no território da NUT III Douro e cuja intervenção tenha sido realizada após a classificação pela UNESCO, a 14 de dezembro de 2001.
A última edição foi ganha pela arquiteta Paula Pinheiro com um projeto de enoturismo para a Quinta do Saião.
O galardão também já foi conquistado por Souto Moura com a Central Hidroelétrica do Tua, Álvaro Andrade com o Centro de Alto Rendimento do Pocinho, Camilo Rebelo e Tiago Pimentel com o Museu do Côa, Álvaro Siza Vieira com o armazém de vinhos da Quinta do Portal, Belém Lima com o Museu da Vila Velha e António Leitão Barbosa com o projeto da adega da Quinta da Touriga.
No dia de aniversário do ADV, para além do prémio, vai falar-se ainda sobre “Quanto pode valer o património imaterial no futuro de um território? Oportunidades do Alto Douro Vinhateiro Imaterial”, com presentação e moderação de Jorge Sobrado, vice-presidente da CCDR-N e enquadramento de Gaspar Martins Pereira.
Depois, já em Favaios, Alijó, distrito de Vila Real, vai ser apresentado o livro “A gastronomia e os vinhos do Douro enquanto elementos de identidade e de desenvolvimento”, editado pela associação Amigos de Ventozelo, e decorrerá a conferência “Como valorizar a gastronomia no Douro?”.
O Alto Douro Vinhateiro Douro é paisagem cultural evolutiva e viva da UNESCO desde 14 de dezembro de 2001.
A área classificada compreende 24.600 hectares, cerca de um décimo da Região Demarcada do Douro (250.000), é uma obra combinada do homem e da natureza feita ao longo de séculos, muito centrada na vitivinicultura, com destaque para a produção de vinho do Porto.
Entre os elementos distintivos da região estão a sua antiguidade, os socalcos amparados por muros de xisto e o cruzamento de culturas.
A zona classificada atravessa os concelhos de Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Alijó, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa e constitui o contínuo mais representativo da mais antiga região vitícola demarcada e regulamentada do mundo (1756).