Poupanças até 5 mil euros deixam de contar para bolsas de estudo

Novas regras na atribuição de bolsas aos estudantes do superior em vigor neste ano letivo.

As poupanças das famílias até 4.192 euros vão deixar de contar para efeitos do cálculo da bolsa a atribuir aos estudantes do ensino superior. Esta é uma das alterações ao regulamento de atribuição das bolsas de estudo, publicadas em Diário da República na quarta-feira, que estabelece a produção de efeitos a partir deste ano letivo (2014/2015). Segundo explica o Ministério da Educação, o despacho vem alterar a forma de cálculo do património mobiliário considerado no rendimento familiar para efeito de cálculo da bolsa, que passa a ser feito através de escalões. O património mobiliário de um agregado familiar que não exceda dez vezes o Indexante de Apoios Sociais (fixado em 419,22 euros) não é considerado no cálculo do rendimento. O que significa que deixa de influenciar a atribuição de bolsa de estudo, incluindo-se um escalão zero na forma de cálculo. Na redação anterior do diploma, este valor tinha um peso de 5% no cálculo do rendimento do agregado.

Estas alterações ao regulamento das bolsas fazem com que “mais alunos sejam abrangidos”, disse fonte do Ministério da Educação ao Diário Económico.

A mesma fonte sublinha ainda que esta era uma das reivindicações das associações académicas e de estudantes. As novas regras permitem ainda que seja atribuído aos estudantes com bolsa de mobilidade no âmbito do Programa Erasmus+, de acordo com regulamentação própria, um complemento mensal que pode variar entre 100 e 150 euros, dependendo do valor da bolsa de mobilidade atribuída e para o período de mobilidade aprovado. Conforme explica o Ministério de Nuno Crato, o despacho visa também alargar as bolsas aos estudantes dos Cursos Técnico Superiores Profissionais. Assim, “os estudantes inscritos neste tipo de formação, com duração de quatro semestres letivos, e lecionada exclusivamente em ambiente politécnico, serão assim também abrangidos pela acção social direta, nos mesmos termos dos restantes estudantes do ensino superior”, adianta a mesma fonte.


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