Politécnico da Guarda estuda competências motoras de crianças do distrito para a FPF

Os alunos da Escola Básica de Gouveia passaram a ter sessões de Atividade Física e Desportiva nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) de acordo com as linhas orientadoras prescritas pela FPF.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) é uma das instituições académicas que está a recolher e a analisar dados para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sobre as competências motoras das crianças portuguesas.


Esta investigação faz parte do projeto “Bola Mágica” da FPF, o qual tem como objetivo “aumentar os níveis de atividade física e de felicidade das crianças envolvidas quando brincam”.


“Das 44 escolas do 1º Ciclo de todo o país cujas crianças estão a ser analisadas, o estudo de três – as escolas de Gouveia, Folgosinho e Melo, todas no concelho de Gouveia – é da responsabilidade do Politécnico da Guarda”, afirma Pedro Esteves, docente e investigador do IPG e coordenador do projeto.


Os investigadores do IPG, assim como os estudantes da licenciatura em Desporto e, também, os do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Desportos de Montanha, estão a recolher dados associados ao equilíbrio, à velocidade, à agilidade, à força e ao índice de massa corporal dos alunos.


“Nos últimos dias, foram aplicados diversos testes relacionados com a morfologia e as competências motoras das crianças envolvidas no projeto, de forma a que sejam lançadas as bases para o programa de intervenção”, refere o IPG em comunicado.


Os alunos da Escola Básica de Gouveia passaram a ter sessões de Atividade Física e Desportiva nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) de acordo com as linhas orientadoras prescritas pela Federação Portuguesa de Futebol. Estas focam-se em jogos lúdicos que visam desenvolver as capacidades coordenativas, felicidade, bem-estar, aptidão aeróbica, composição corporal e saúde mental das crianças.


“É muito positiva esta participação do Politécnico da Guarda em projetos nacionais de investigação cujos resultados académicos, depois de interpretados pelas entidades responsáveis, resultem em melhorias para a população – neste caso para as crianças de todo o país”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG.


“Esta recolha de dados sobre competências motoras infantis é, também, um bom exemplo do empenho do IPG em interagir com as comunidades da região da Guarda, promovendo o seu desenvolvimento em todas as dimensões”, adianta ainda a mesma fonte.


“As escolas de Folgosinho e Melo não vão estar expostas às mesmas atividades porque o projeto pretende comparar se os alunos de Gouveia vão apresentar, ou não, um nível mais elevado de competências motoras do que as crianças das outras duas escolas”, afirma Pedro Esteves, acrescentando que a equipa multidisciplinar do IPG voltará a avaliar as crianças em meados de abril.


Os investigadores do IPG sublinham que este projeto apresenta um leque alargado de atividades, não se restringindo apenas ao Futebol, na medida em que se pretende estimular a vivência de competências motoras multilaterais, evitando que as crianças se especializem desde cedo numa determinada modalidade.


“As conclusões que apurarmos serão apresentadas à FPF com o intuito de enriquecer esta área de conhecimento”, prossegue o investigador, afirmando que “no Politécnico da Guarda temos a expectativa de que as evidências científicas que vamos recolher sejam tidas em conta por quem desenha as políticas públicas, para que, em função dos resultados apurados, as Atividades de Enriquecimento Curricular possam ser mais valorizadas e melhor articuladas com a Educação Física curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico”.


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