Poiares Maduro assegura que um novo ciclo de fundos mantém investimento “muito importante” na ciência

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, assegurou esta segunda-feira, na Guarda, que o próximo quadro de apoio europeu manterá um investimento “muito importante” no ensino e na ciência. “No próximo ciclo de fundos vai continuar a existir um investimento muito importante em matéria de capital humano, em matéria de ciência”, declarou Poiares Maduro aos jornalistas, na Guarda, à margem de uma reunião com autarcas e dirigentes de instituições de Ensino Superior do interior do país, onde também participou o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato. No final da denominada “Cimeira da Guarda”, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, explicou que, no contexto específico do interior, a aposta passará por duas dimensões: a captação, atração e fixação de estudantes e a captação e atração de investigadores. Outra prioridade irá para “a especialização das instituições de ensino superior no interior em áreas que têm a ver com o território”, em que estão inseridas. “Na medida em que as instituições de ensino superior no interior apostem na sua especialização e excelência, em áreas de conhecimento que têm relação com o tecido empresarial com o território em que se encontram, elas terão seguramente apoio da parte do Governo”, assumiu Poiares Maduro. O governante não adianta montantes para financiamento do ensino superior, argumentando que as verbas estão ainda “numa fase de programação que não implica ainda a atribuição de montantes específicos”. O princípio geral é “procurar atrair estudantes, procurar fixar estudantes, procurar atrair e fixar investigadores e a especialização com base numa aposta na excelência, mas com funções diferentes para as universidades e para os politécnicos”, apontou. No caso dos institutos politécnicos, Poiares Maduro referiu que a sua especialização em termos de formação de ensino superior “tem de ser mais associada ao tecido empresarial” e à valorização das empresas. “Quer o Ministério da Educação e Ciência, quer o Ministério do Desenvolvimento Regional têm pensado, em conjunto, políticas, no âmbito do próximo ciclo de fundos que vão apoiar precisamente esta capacitação e valorização dos territórios do interior”, declarou aos jornalistas. Indicou ainda que essas políticas irão, por um lado, apoiar “a captação e a fixação de estudantes e de investigadores para instituições de ensino superior no interior” e, por outro, promover “a especialização e a excelência destas instituições de ensino superior que estão no interior”, atendendo às “características específicas do território”. “O desenvolvimento económico do interior e a promoção da coesão territorial passa muito pela capacitação e pela valorização do território”, reconheceu o ministro.