O setor do turismo está a ser um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19. O INE estima que em março a redução do número de turistas tenha ascendido a quase 50%.
A pandemia do novo coronavírus está a pressionar fortemente o setor do turismo que, em março, registou uma quebra de quase 50% do número de hóspedes para 701 mil, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O número de dormidas também sofreu uma queda de 58,5% para 1,9 milhões.
No mês anterior, sublinhe-se, o setor tinha registado um crescimento de 15,3% e de 14,7% do número de hóspedes e de dormidas, respetivamente, segundo os dados do INE.
“As dormidas de residentes terão diminuído 56,9% (+26,4% em fevereiro) e as de não residentes terão decrescido 59,2% (+9,5% em fevereiro)”, pode ler-se no relatório do INE.
Além dos efeitos gerados pela pandemia do novo coronavírus – que, em março, começou a dar os primeiros sinais em Portugal – o efeito de calendário também não ajudou.
“Para além dos grandes condicionalismos que a atual pandemia originou na atividade turística, estes resultados foram também influenciados pelo efeito do período de Carnaval que, este ano, ocorreu em fevereiro e, no ano anterior, ocorreu em março”, pode ler-se.
Por nacionalidade, quem mais deixou de visitar Portugal em março?
No geral, revela o INE, a “totalidade dos principais mercados emissores registou decréscimos em março”, altura em que começaram a ser implementadas algumas restrições por causa do novo coronavírus.
Ainda assim, as maiores diminuições verificaram-se nos mercados chinês (-78,8%), italiano (-75,8%), norte-americano (-68,5%) e espanhol (-66,1%). O mercado canadiano foi, entre os principais mercados emissores, o que registou menor decréscimo (-37,8%), ainda segundo o INE.
Quebra de 25% no turismo retira 2,9% ao PIB
Em Portugal, estima-se que o setor do turismo seja um dos mais afetados, sendo que uma redução de 25% da atividade turística levará a uma contração de 2,9% no produto interno bruto (PIB), de acordo com os cálculos do INE, divulgados no início de abril.