Número de insolvências cai 15,6% até outubro

As empresas nacionais estão mais confiantes e resistentes.

Prova disso é a contínua queda das insolvências que, até outubro, recuaram 15,6% face a igual período do ano passado.

Os números hoje divulgados hoje pela IGNIOS, mostram que entre janeiro e outubro deste ano, fecharam 5698 empresas. O número ainda é muito elevado, mas está já 15,6% abaixo do registado nos mesmos dez meses de 2013 – 6748.

Em outubro, esta tendência de queda foi ainda mais significativa, com o número de insolvências a recuar 29,3%, para 579 encerramentos por falência.

A IGNIOS ressalva, no entanto, que “devido às condicionantes processuais no Ministério da Justiça, nomeadamente a instabilidade da sua plataforma Citius no final de agosto e grande parte do mês de setembro provavelmente não refletem a realidade a nível de insolvências”.

Ao mesmo tempo, o número novas empresas continua a crescer. Até outubro, a IGNIOS registou 29.705 constituições de negócios, o que dá uma média de 97,7 empresas criadas a cada dia destes dez meses.

Estão assim a nascer 5,2 empresas por cada uma que fecha, não sendo, no entanto, especificado o número de novas empresas criadas em substituição de anteriores em falência.

Os dados mostram que no bolo de empresas criadas, outubro foi um mês recorde e fundamental para a constituição de novos negócios. Nasceram 3158 novas empresas, o que deu um importante contributo para aproximar o volume de empresas criadas este ano ao do mesmo período do ano passado – está apenas 1,3% abaixo neste momento.

Construção domina falências; serviços motivam constituições

Em termos de setores de atividade, a Construção e Obras Públicas é ainda a área que apresenta maior número de insolvências, representando 19% do acumulado do ano. Logo atrás vêm as empresas de “Outros Serviços (18.2%), do Comércio da Retalho (16,3%) e do Comércio a Grosso (12,1%).

As indústrias relacionadas com a Moda voltaram a reduzir o seu peso no bolo das falências, representado apenas 5,2% do total das insolvências em 2014 (6,3% em 2013). A motivar a inversão está o boost nas exportações que aceleraram em 2014.

Pelo contrário, na constituição de empresas, os “Serviços” continuam a dominar, concentrando 40,7% das empresas criadas entre janeiro e outubro. Destacam-se ainda a Agricultura (de 4,5% para 4,9%), o Comércio Automóvel (de 3% para 3,2%), e a Hotelaria e Restauração (de 10,6% para 11%) entre as atividades que aumentaram o seu peso no total das empresas constituídas.


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