Ministra da Agricultura desafia organizações do setor do azeite a aproveitarem fundos

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A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse este sábado que as verbas do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) devem ser aproveitadas pelas organizações do setor do azeite na promoção daquele produto considerado o “ouro” da agricultura.

“O PDR 2020, o nosso programa para a agricultura que sucede ao PRODER tem verbas para apoiar o investimento neste setor, para apoiar a modernização dos lagares, para apoiar o regadio na produção e também para apoiar a promoção e todo o aconselhamento técnico”, disse este sábado Assunção Cristas aos jornalistas, na Guarda, onde foi entronizada confreira pela Confraria do Azeite.

Segundo a titular da pasta da Agricultura, as verbas do PDR 2020 “devem ser aproveitadas, nomeadamente pelas organizações do setor, que podem, em conjunto, também ajudar a promover ainda melhor este nosso produto maravilhoso que é um ouro da nossa agricultura”.

Assunção Cristas lembrou que a verba total do PDR 2020 é de cerca de quatro mil milhões de euros, que se distribui por várias medidas específicas transversais, que podem ser aproveitadas pelo setor do azeite, de forma “muito significativa”.

Nas declarações aos jornalistas, a ministra da Agricultura referiu que o azeite corresponde “a cerca de 1% da produção agrícola nacional” e a cerca de 350 milhões de euros, em relação às exportações.

“É muito valor, e nós podemos continuar a aumentar. Aliás, neste momento, com aquilo que está instalado no território português em azeite, que irá entrar em produção brevemente, nos próximos anos nós vamos continuar este caminho de crescer fortemente”, disse.

Reconheceu ainda que a fileira do azeite tem tido “um crescimento imenso, desde sensivelmente o ano 2000”.

“Se compararmos 2000 com 2014 vemos que a nossa produção de azeite mais do que duplicou, o que é muito positivo”, observou.

Assunção Cristas disse que Portugal tem no azeite “uma enorme riqueza”, que “associa a tradição com a modernidade”.

“Hoje, o mundo todo procura azeite. Faz bem à saúde, é uma gordura muito saudável, faz parte da nossa dieta mediterrânica e o que nós assistimos no nosso país é um extraordinário dinamismo do setor do azeite”, declarou.

Observou ainda que o país tem hoje “regiões muito claras de produção de azeite, com variedades distintas, com uma forte aposta no regadio”, que também permite “aumentar muito” a produção.

“Temos o setor organizado e gente muito empenhada em trabalhar, nomeadamente a Confraria do Azeite a que eu hoje me junto com muito gosto, com muita honra, porque, de facto, o azeite faz parte das minhas predileções”, disse.

O azeite nacional chega “um pouco” a todo o mundo e o maior destino de exportação é o Brasil, indicou.

“Nós exportamos 50% da nossa produção para o Brasil, mas chega também a outras geografias e nomeadamente estamos apostados em que chegue também ao Extremo Oriente. Não é por acaso que a Confraria do Azeite já estabeleceu um núcleo em Macau”, concluiu.


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