O piloto Mário Patrão (KTM) chegou hoje “desolado e em lágrimas” ao acampamento do Rali Dakar de todo-o-terreno, após a morte de Paulo Gonçalves na sequência de uma queda na sétima etapa da prova.
“Não há palavras que possam descrever aquilo que sinto. Por detrás destas competições estão as nossas vidas e sempre com um enorme sofrimento. Mas, hoje, esta realidade dói mais e abala-nos a todos. Perdemos um grande amigo, um excelente ser humano e um piloto incrível”, declarou Mário Patrão (KTM), um dos portugueses em prova na categoria das motas e que disputava com Paulo Gonçalves o estatuto de piloto português mais titulado de sempre.
O piloto de Seia concluiu dizendo que, nestas alturas, tudo é colocado “em causa”.
Paulo Gonçalves morreu ontem na sequência de uma queda durante a sétima de 12 etapas da 42.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, na Arábia Saudita.
De acordo com a informação da Amaury Sport Organization (ASO), o alerta foi dado às 10h08 horas locais, menos três em Lisboa.
Foi enviado de imediato um helicóptero que chegou junto do piloto às 10h16, tendo encontrado Paulo Gonçalves inconsciente e em paragem cardiorrespiratória.
“Depois de várias tentativas de reanimação no local, o piloto foi helitransportado para o hospital de Layla, onde foi confirmada a morte”, referiu a organização.
Paulo Gonçalves participava no Dakar pela 13.ª vez desde 2006, ano de estreia na prova.