Maiores bancos da Europa precisam de 115 mil milhões

Para cumprir as regras de Basileia III que determinam uma fasquia mais rigorosa em termos da qualidade e quantidade de capital e liquidez, os bancos terão de reforçar capital. Os maiores bancos europeus precisarão de 115 mil milhões de euros nas suas reservas de capital, face aos 82,9 mil milhões de euros verificados em 2012, […]

Para cumprir as regras de Basileia III que determinam uma fasquia mais rigorosa em termos da qualidade e quantidade de capital e liquidez, os bancos terão de reforçar capital.
Os maiores bancos europeus precisarão de 115 mil milhões de euros nas suas reservas de capital, face aos 82,9 mil milhões de euros verificados em 2012, para cumprir as novas regras para o sistema bancário europeu para 2014, designadas por Basileia III que determinam uma fasquia mais rigorosa em termos da qualidade e quantidade de capital e liquidez nos bancos e que foram aprovadas no final do ano passado. Segundo o Comité de Basileia para a Supervisão Bancária publicou hoje no seu site, um quarto dos maiores bancos da Europa deverão também não conseguir cumprir o limite de endividamento, conhecido como índice de alavancagem (rácio de transformação de depósitos em crédito). “No final de Dezembro de 2012, verificou-se que a base de capitais na maior parte dos bancos internacionais continua a encolher”, diz a nota. A partir de 2014 e ao longo dos seis anos que se seguem, os bancos europeus terão de obedecer a um conjunto de regras únicas para os 27 Estados-membros, conhecidas como o pacote Basileia III. Na Europa, este pacote servirá como o primeiro conjunto único de regras para o sistema bancário. O Basileia III foi concebido no período que se seguiu à falência bancária nos EUA, em 2008, como forma de aumentar a segurança do sistema financeiro.
Regras de liquidez e qualidade de capital
Além do corte nos bónus no sistema financeiro, Basileia determina igualmente uma fasquia mais rigorosa em termos da qualidade e quantidade de capital e liquidez nos bancos. Cada banco europeu terá de assegurar um mínimo de 7% de capitais do tipo Core Tier 1 (uma medida de solvabilidade do capital). Este valor deve aumentar para 9,5% até 2019, de acordo com o Financial Times. Em Portugal, a fasquia encontra-se ainda mais elevada: o Banco de Portugal exige um rácio de solvabilidade Core Tier 1 de 10%. Basileia exige ainda que os bancos assegurem liquidez suficiente para que possam resistir a uma crise nos mercados de 30 dias.

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