Limite de mandatos impede recandidatura de 2 presidentes na região

Na região há duas autarquias, que por chegarem ao limite de mandatos, vão ter que procurar alternativas, em Almeida (PSD) e Celorico da Beira (PS).

A cerca de um ano das autárquicas de 2017, são 33 os atuais presidentes de câmara impedidos de se recandidatarem ao mesmo município por terem atingido o limite de três mandatos seguidos permitidos pela lei.
Destes, 13 foram eleitos pelo PPD/PSD, quatro pelo PSD em coligação com o CDS-PP, nove são socialistas, seis do PCP/PEV e um independente.
O independente Guilherme Pinto, que em 2005 substituiu Narciso Miranda na Câmara de Matosinhos pelo PS e foi reeleito pelos socialistas em 2009, candidatou-se e venceu em 2013 como independente, completando assim o ciclo de três mandatos seguidos permitidos na lei.
Em Águeda, o socialista Gil Nadais vai cessar funções e já se mostrou disposto a “analisar a possibilidade” de concorrer pelo PS a Aveiro, caso o partido o convide, sendo o seu nome um dos preferidos numa auscultação interna dos socialistas.
Por chegarem ao limite de mandatos, o PS tem de substituir José Tavares Neves, em Arouca (Aveiro), Américo Pereira, em Vinhais (Bragança) e José Gomes Monteiro, em Celorico da Beira (Guarda).
São precisos também novos candidatos pelo PS para Castanheira de Pêra e Porto de Mós (Leiria), para Ponte da Barca (Viana do Castelo) e para Sabrosa (Vila Real).
O social-democrata António Bragança Fernandes cumpre o último mandato na Maia (Porto), mas já afirmou estar disponível para ser candidato noutra câmara.
No distrito do Porto também não se podem recandidatar os sociais-democratas Manuel Moreira, em Marco de Canavezes, e Celso Gomes Ferreira, em Paredes, enquanto em Portalegre estão impedidas recandidaturas de Joviano Vitorino a Alter do Chão, Victor Frutuoso a Marvão e Armando Varela a Sousel.
Três autarcas do PSD não se podem recandidatar em Viseu: Francisco Lopes (Lamego), Luís Vasconcelos (Oliveira de Frades) e Alexandre Vaz (Sátão).
O PSD tem também de escolher alternativas para Arganil e Cantanhede (Coimbra), Oliveira do Bairro (Aveiro), Póvoa de Lanhoso (Braga), Vila Real de Santo António (Faro), Almeida (Guarda) e Peso da Régua (Vila Real).
O partido comunista perde alguns autarcas com peso político, como Carlos Humberto, do Barreiro, ex-presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Augusto Pólvora, que reconquistou para a CDU a Câmara Municipal de Sesimbra, no distrito de Setúbal, em 2005, e António Pica Tereno, presidente de Barrancos ininterruptamente desde 2005, mas que já tinha sido presidente eleito em 1993 e em 2001, tendo perdido em 2001 para o socialista Nelson Berjano.
Manuel Narra, que em 2005 conquistou a Vidigueira aos socialistas, obtendo maioria por 11 votos, também não se pode recandidatar a esta câmara, nem António José Correia a Peniche, ou Luís Carraça Franco a Alcochete.
Na Madeira, apenas o social-democrata Rui Marques, presidente de Ponta do Sol, atinge o limite de mandatos, e nos Açores, com os partidos agora focados na campanha para as eleições regionais, a 16 de outubro, só Roberto Monteiro (PS), presidente da Praia da Vitória, na ilha Terceira, não se poderá recandidatar devido à limitação de mandatos.
Roberto Monteiro poderá, no entanto, não cumprir o cargo até ao fim porque integra, como “número dois”, a lista pelo círculo daquela ilha às regionais dos Açores, estando atualmente com mandato suspenso.
Alguns dos presidentes de câmara socialistas eleitos em 2013 para um terceiro mandato já foram deixando os cargos para exercer outras funções, como Susana Amador, ex-presidente de Odivelas, e Pedro do Carmo, de Ourique, que trocaram as autarquias pela Assembleia da República.
José Luís Carneiro, que era presidente da Câmara de Baião, assumiu funções de secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, e Carlos Miguel, ex-presidente de Torres Vedras, deixou o cargo para ser secretário de Estado das Autarquias Locais.
João Ponte deixou a Câmara de Lagoa, nos Açores, para ocupar a presidência da empresa pública de transporte marítimo Atlânticoline e João Lopes Catarino renunciou a Proença-a-Nova por ser nomeado pelo Governo de António Costa para coordenador-Adjunto da Unidade de Missão para a Valorização do Interior.

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