Líder distrital diz que PSD tudo fará para reconquistar Câmara da Guarda

Na sua intervenção, Carlos Condesso, também criticou o Governo do PS por ter “abandonado o distrito da Guarda” no que diz respeito aos cuidados de saúde.

O presidente da Distrital do PSD da Guarda disse que o partido tudo fará para “voltar a conquistar” a presidência da Câmara da capital de distrito que perdeu nas últimas autárquicas para uma candidatura independente.

Na tomada de posse para o segundo mandato, na terça-feira à noite, o social-democrata Carlos Condesso, que também é presidente do município de Figueira de Castelo Rodrigo, referiu que nas eleições autárquicas de 2021 o PSD “recuperou câmaras” no distrito da Guarda e passou a ter a presidência da maioria, mas o partido ficou com um “amargo de boca”, porque não ganhou a da capital de distrito.

No seu discurso, Carlos Condesso, dirigindo-se ao líder nacional do PSD, Luís Montenegro, afirmou: “E nós, – e aqui tem o meu compromisso, o compromisso da distrital -, que tudo, mas tudo faremos, para voltar a conquistar a Câmara Municipal da Guarda, que é a cereja que falta no topo do bolo”.

O social-democrata disse que para tal objetivo todos têm de ajudar e que tinha à sua frente o ex-autarca e atual eurodeputado Álvaro Amaro que “sabe como se faz”.

“Então, se ele conseguiu, é possível voltar a conquistar a Câmara da Guarda. Doutor Álvaro Amaro, se o senhor teve a arte e o engenho, ajude, também, a conquistar esta grande capital de distrito, que é a cidade da Guarda”, afirmou Carlos Condesso dirigindo-se diretamente ao antigo presidente da Câmara que o escutava na assistência.

O líder distrital do PSD da Guarda disse, ainda, no seu discurso que nas próximas eleições autárquicas “era muito importante” o partido voltar a conquistar a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias.

“É nisso que nós temos que acreditar”, afirmou, salientando a necessidade de o partido começar “já a trabalhar nas próximas eleições autárquicas”.

Na sua intervenção, Carlos Condesso, também criticou o Governo do PS por ter “abandonado o distrito da Guarda” no que diz respeito aos cuidados de saúde.

“É inadmissível que um cidadão deste distrito esteja 1.500 dias à espera de uma simples consulta, de uma cirurgia, quer seja em oftalmologia, quer seja em ortopedia, quer seja em cardiologia”, disse. E referiu problemas com o fecho das urgências de obstetrícia do Hospital Sousa Martins e o facto de a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) não estar sempre operacional “quando os cidadãos (…) precisam”.

“Eu só espero que não haja uma tentativa de esvaziamento do Hospital da Guarda para beneficiar outros hospitais aqui bem perto”, alertou.

Carlos Condesso mostrou, ainda, preocupações pelas portagens nas autoestradas da região e perguntou ao PS nacional e local: “Onde está o Arquivo Geral da Administração Pública que aqui vieram prometer? Onde é que está o Comando da UEPS [Unidade de Emergência de Proteção e Socorro]? Onde é que está o Centro de Prevenção Rodoviária? Onde é que está o Parque TIR e o Centro de Turismo avançado em Vilar Formoso? Onde é que estão os regadios que prometeram a este distrito?”.

Antes de Carlos Condesso usou da palavra o presidente da Assembleia Distrital, Carlos Peixoto, que também falou de temas como a saúde, a coesão territorial e as portagens e da necessidade de serem aplicados mecanismos de apoio que fixem os jovens nas regiões mais desfavorecidas do país.

No seu discurso, o social-democrata disse estar convicto de que Luís Montenegro será “o próximo primeiro-ministro de Portugal”, que considera ser “um líder do partido consolidado, sólido, muito lúcido, com uma ímpar inteligência política e com uma capacidade da leitura das coisas muito superior à média”.


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