O piloto do DS3 R5 venceu seis das sete especiais que compunham o evento, só foi derrotado na super-especial de abertura da prova, mas a partir daí foi sempre aumentando a sua liderança, em alguns troços em poucos décimos, mas noutros, por vários segundos. Na sexta especial, Fontes aproveitou a mais extensa especial do evento para desferir um forte ataque que o fez ganhar mais de oito segundos a Barros, deitando por terra toda e qualquer reação que o piloto do Ford Fiesta R5 ainda pretendesse realizar.
Um triunfo claro, que o deixa muito bem colocado na luta pelo título, até porque o anterior líder, Ricardo Moura, furou perto do final do rali e perdeu o terceiro lugar que ocupava, caindo para quinto, recuperando depois uma posição a Adruzilo Lopes, o que lhe coloca um pouco de mais de pressão em termos de campeonato, ainda que a próxima prova, o SATA Rallye dos Açores lhe caia como uma luva.
Terceiro lugar para Carlos Martins, que andou a prova quase toda pelo quarto lugar, herdando o pódio quando Moura teve problemas. Excelente quinto lugar para Adruzilo lopes, que na última especial perdeu o quarto lugar para Ricardo Moura, vencendo novamente com grande facilidade o grupo RC2N, não por ter um carro melhor, mas por ser o piloto que é. quem bom seria Adruzilo Lopes poder bater-se com os seus adversários com um R5…
Marco Cid foi o melhor nos 2WD, batendo Miguel Carvalho – que vence os RC4 – por quase dois minutos. Ricardo Sousa voltou a triunfar no Challenge DS3 R1. Gil Freitas foi sétimo com o seu Porsche 997 GT3 enquanto Carlos Vieira logrou levar até ao fim da prova o seu novo Porsche, mostrando boa evolução e colocando para trás das costas o azar de Guimarães. Mais informação assim que possível.
“Foi uma prova muito difícil, com muita instabillidade meteorológica. Comecei a tarde com pneus de chuva, mas mudei depois para intermédios no penúltimo troço, para conseguir manter-me na frente. Foi uma vitória justa mas quero dar os parabéns ao João Barros pela prova que fez, sempre com um forte andamento” referiu, visivelmente satisfeito, o vencedor desta edição do Rali de Castelo Branco.
Quanto a Barros, mostrou-se à chegada conformado com o 2º lugar, “num rali que globalmente correu muito bem, pelo que estou satisfeito com o resultado. Estou em boa forma mas ainda não tenho a experiência do Zé Pedro”. Terceiro classificado, Carlos Martins resumiu assim o seu rali: “Tentei ser consistente e não cometer erros, pois ainda não tenho o ritmo dos da frente. Apenas ataquei um pouco mais no último troço para garantir o 3º lugar. Missão Cumprida!”
Sem constestação, Adruzio Lopes/Vasco Ferreira (Subaru Impreza) lideraram de fio a pavio o grupo RC2N, terminando no 5º posto. “Uma manhã complicada, quando optei por pneus para seco, algo que a paragem da prova também não ajudou”, acrescentando ter sido “bem melhor à tarde, com pneus cortados. Parabéns a toda a equipa que fez um bom trabalho.”
Gil Freitas/Jorge Carvalho venceram nos RGT, logo à frente de Marco Cid/Nuno Rodrigues da Silva que alcançaram novo sucesso entre os pilotos das duas rodas motrizes (RC3). “Atacámos de manhã e gerimos o avanço à tarde, aproveitando também alguns azares dos nossos adversários”, disse Cid no último Parque de Assistência. Miguel Carvalho/Paulo Lopes (Citroën C2) garantiram o 1º lugar nos RC4.
Dividindo com Carlos Silva o cockpit do DS 3 R1 do Challenge DS3, Ricardo Sousa coroava o trabalho conjunto com uma vitória no escalão, entre os RC5 e nos Iniciados. “Foi muito difícil pois os troços estavam muito sujos e havia pouca aderência, nomeadamente o último que, apesar de ser o mais curto, foi o mais complicado dos três. Gostaria de dar os parabéns à equipa que me ajudou a conquistar este resultado e que me deu a confiança necessária para saber que posso lutar pelo troféu até final”, referiu no final.
Resumo da 3ª e última secção
Foi em Alvito da Beira 2 (PEC 5 – 20,28 km) que se iniciaram as hostilidades para o CNR, com José Pedro Fontes a defender a magra vantagem para João Barros. Com ambos apostados em alcançar a vitória, foi de apenas 0,6 décimas a diferença que o piloto do Citroën DS 5 R5 conseguiu sobre o Ford Fiesta R5. Num asfalto menos molhado e traiçoeiro do que na secção da manhã, Carlos Vieira levou o Porsche 997 a alcançar o 3º melhor tempo.
Já com pneus adequados ao estado dos troços, Ricardo Moura (Ford Fiesta R5) conseguia manter Carlos Martins (Skoda Fabia) atrás de si neste primeiro troço da tarde, enquanto Adruzilo Lopes (Subaru Impreza) voltava a ser o mais rápido nos RC2N. No escalão RC3 essa primazia cabia a Gil Antunes (Renault Clio) e nos RC2 a Joaquim Alves (Skoda Fabia).
Fórneas/Estreito 2 (PEC 6 – 29,71 km) apresentou um escalonamento idêntico ao do troço anterior, com Fontes a alargar a vantagem para Barros em 8,4 segundos e Vieira a repetir o 3º tempo. Já atrás deles a estrutura alterava-se, pois Moura perdia mais de 3 minutos e saía do top-3, vendo-se mesmo impedido de defender a sua até aqui liderança no Nacional de Ralis. Assim, Adruzilo Lopes (Subaru Impreza) alcançava o 4º melhor tempo – o seu melhor resultado em troços nesta edição do Rali de Castelo Branco – à frente de Carlos Martins (Skoda Fabia) que, por seu turno, assumia o 3º lugar da prova.
Marco Cid manteve o controlo nos RC3, deixando Ricardo Marques a 32 segundos, (ambos em Renault Clio), enquanto nos RC4, Renato Pita (Peugeot 208) e Miguel Carvalho (Citroën C2) continuavam a sua luta, agora com vantagem para Pita. Ricardo Sousa continuava a caminhada rumo à vitória no Challenge DS3 R1 e no Grupo RC5.
15,7 segundos era a vantagem de Fontes sobre Barros à entrada do último troço da prova da Escuderia Castelo Branco – Sarnadas S. Simão 2 (PEC 7 – 12,32 km) – que se mostrou suficiente para manter longe do 1º lugar o piloto do Fiesta. Aliás, ela viu-se até dilatada em 6,6s, naquela que foi a 6ª vitória em troços para o piloto do Porto, ficando para Barros os pontos do 2º lugar final e do melhor tempo na Super Especial de ontem.
Acrescente-se que com esta vitória, José Pedro Fontes e Miguel Ramalho ascendem ao comando provisório dos respectivas tabelas de Pilotos e Navegadores do Campeonato Nacional de Ralis 2015, com 6 pontos de vantagem para a dupla Barros/Henriques e 9,5 pontos para Moura/Costa.
Consulte as classificações aqui.