Jerónimo Pizarro considera Prémio Eduardo Lourenço 2013 encorajador para os jovens

O prémio anual foi instituído para galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas. O professor e investigador Jerónimo Pizarro, de 36 anos, de nacionalidade portuguesa e colombiana, considerou na passada sexta-feira, que a sua distinção com o Prémio Eduardo Lourenço 2013 pode ser encorajadora para os jovens […]

O prémio anual foi instituído para galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas.
O professor e investigador Jerónimo Pizarro, de 36 anos, de nacionalidade portuguesa e colombiana, considerou na passada sexta-feira, que a sua distinção com o Prémio Eduardo Lourenço 2013 pode ser encorajadora para os jovens portugueses. «Acho muito importante, na altura em que estamos em Portugal, e não só, [que o prémio tenha sido entregue a um jovem]. Estamos a encorajar as pessoas da minha geração. Muitos [jovens] estão numa situação difícil», disse o galardoado com o prémio, no valor de 10 mil euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda. O prémio anual foi instituído para galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas. Este ano foi atribuído a Jerónimo Pizarro, professor da Universidade dos Andes, titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e doutor pelas Universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Linguística Portuguesa. Jerónimo Pizzaro recebeu o prémio das mãos do presidente da Câmara Municipal da Guarda, numa sessão que contou com a presença do filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorífico do CEI. O laureado declarou que o prémio é «motivante» para prosseguir com o estudo da obra de Fernando Pessoa, e tem uma importância acrescida por ter o nome de Eduardo Lourenço, que admirou «sempre». Pizarro disse aos jornalistas que o galardão «quase parece ter sido um sonho» e lembrou que, quando recebeu a notícia, demorou «muito tempo a reagir». «Sinto a necessidade de me reinventar e de aproveitar o prémio como um dos maiores estímulos», disse. Eduardo Lourenço não poupou elogios ao jovem investigador que considerou «um dos pessoanos mais novos» e autor de «uma obra muito interessante». «Parabéns e agradecimentos por incluir na ‘galáxia Pessoa’ um espaço que até agora era possível, mas não era real. Ele [Fernando Pessoa] passou para o outro lado do Atlântico», observou. Durante a sessão, o autarca da Guarda, Joaquim Valente, lembrou que o prémio foi atribuído a Jerónimo Pizzaro «em reconheciemtno da sua atividade como promotor da cultura de Portugal, no cada vez mais importante espaço ibero-americano». José Barreto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, fez o discurso de elogio ao galardoado, sublinhando «o seu papel na divulgação internacional da cultura portuguesa». Na ocasião, foi lida uma mensagem do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, a sublinhar a «feliz decisão do júri» e a felicitar Pizarro «por mais esta honrosa e merecida distinção». A sessão solene de entrega do Prémio Eduardo Lourenço realizou-se na passada sexta-feira, dia 7 , na sala da Assembleia Municipal da Guarda, no dia em que terminou um colóquio sobre “Portugal e o seu destino”, inserido nas comemorações dos 90 anos de Eduardo Lourenço. O prémio teve a primeira edição em 2004 e já distinguiu personalidades de relevo dos universos de língua portuguesa e da língua espanhola, como o escritor moçambicano Mia Couto, a pianista Maria João Pires, o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Jorge de Figueiredo Dias, e os escritores espanhóis José María Martín Patino, Cesar António Molina e Ángel Campos Pámpano, entre outros.

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