Indisponibilidade de 40 bombeiros de Manteigas não compromete socorro na Serra

A garantia foi dada esta segunda-feira pelo comandante operacional do distrito da Guarda. O socorro na Serra da Estrela não fica em causa por cerca de 40 bombeiros da corporação de Manteigas terem deixado de cumprir serviço, disse esta segunda-feira à agência Lusa o comandante operacional do distrito da Guarda. «O socorro não ficará em causa, porque temos […]

A garantia foi dada esta segunda-feira pelo comandante operacional do distrito da Guarda.
O socorro na Serra da Estrela não fica em causa por cerca de 40 bombeiros da corporação de Manteigas terem deixado de cumprir serviço, disse esta segunda-feira à agência Lusa o comandante operacional do distrito da Guarda. «O socorro não ficará em causa, porque temos meios suficientes para intervir na Serra da Estrela», assegurou o comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), António Fonseca. Cerca de 40 bombeiros de Manteigas, na Serra da Estrela, deixaram de cumprir serviço na corporação devido a divergências com a direção. Os voluntários descontentes entregaram no domingo uma carta ao comandante interino a justificar a decisão «por motivos pessoais e profissionais, alegando que não há condições», segundo o subchefe Francisco Gomes, porta-voz dos bombeiros descontentes. Com a indisponibilidade destes operacionais, a Associação Humanitária de Manteigas, que possui cerca de 60 elementos no corpo ativo, vai contar com «pouco mais de dez» para assegurar o serviço diário, indicou o subchefe, admitindo que o socorro às populações poderá «ficar em causa». O representante apontou que a corporação possui nos meses de inverno uma brigada de 15 elementos que integra o Dispositivo Conjunto de Proteção e Socorro na Serra da Estrela, que irá ficar sem a sua participação. O comandante operacional distrital disse hoje à Lusa que a intervenção não ficará comprometida porque «ainda existem cinco corporações de bombeiros, a GNR (subagrupamento de montanha) e a Força Especial de Bombeiros, que têm veículos, equipamento individual e formação para intervir» na serra. «Há meios suficientes para suprimir a falta de Manteigas», assegurou António Fonseca, explicando que, na sua indisponibilidade, «entram imediatamente outros [elementos] na escala» de serviço. Além de Manteigas, participam bombeiros de quatro corporações do distrito da Guarda (Loriga, São Romão, Seia e Gouveia) e uma do distrito de Castelo Branco (Covilhã), lembrou. Garantir o socorro e a assistência das pessoas que visitam a serra, tanto em termos de evacuação em ambulância, como em termos de resgate, busca e salvamento, são alguns dos objetivos do Plano Operacional Nacional para a Serra da Estrela que está no terreno até 30 de abril por iniciativa da ANPC. Sobre o conflito aberto entre alguns dos bombeiros de Manteigas e o presidente da direção, o comandante operacional referiu que não pode intervir, mas dentro das suas competências fará «todos os esforços para ajudar a resolver a situação». António Fonseca lembrou que a ANPC tutela os corpos de bombeiros do ponto de vista operacional, mas estes pertencem a associações que se regulam pela lei geral das associações.

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