Incêndios: Câmara da Covilhã fala em “maior tranquilidade”, mas sem descanso

O presidente da Câmara da Covilhã referiu que nas freguesias de Orjais e Sarzedo há pessoas já a regressar às suas casas.

O incêndio que lavra na Serra da Estrela, no concelho da Covilhã, apresenta ainda pontos quentes, mas, apesar da maior tranquilidade, ainda não há descanso, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Covilhã.


“Foi muito bem aproveitada a noite para o combate às chamas, para afrontar aqueles pontos mais sensíveis e delicados, com maior carga de combustível e carga térmica e, como dizem os bombeiros, neste momento, há umas fumarolas”, assumiu Vítor Pereira.


Neste sentido, “as coisas estão mais calmas e tranquilas, apesar de ainda ninguém estar descansado, porque este incêndio tem muitas variáveis que não dá para dominar e, a verdade, é que os reacendimentos têm ocorrido”.


O autarca referia-se à zona junto das povoações de Orjais e Sarzedo, onde na terça-feira se encontrava uma frente ativa “e a mais preocupante” do incêndio da Serra da Estrela que deflagrou no dia 6 em Garrocho, Covilhã.


Apesar de ter sido dado como dominado no sábado, na segunda-feira sofreu uma reativação.


Vítor Pereira adiantou que as informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) “é de que vai haver uma nova vaga de calor, com um setembro bem quente e a seca a acentuar-se, ou seja, o cenário não é propriamente favorável”.


Em Orjais e Sarzedo, explicou o presidente, “há pessoas já a regressar às suas casas” e, apesar de não ter o número certo dos cidadãos deslocados, o autarca assumiu que “são poucos e até ao dia de amanhã [quinta-feira] deverão estar todas de regresso”.


“Há uma habitação na união de Freguesias de Vale Formoso e Aldeia do Soito, de uma cidadã estrangeira que inclusive teve de se ausentar por razões laborais a outra zona do país, mas não temos mais notícias de primeiras habitações ardidas”, apontou.


O autarca acrescentou ainda que “não há cortes de água” nas populações e “as comunicações estão a ser repostas, com as operadoras no terreno a reporem infraestruturas que permitam o regresso das comunicações”.


“Os meios estão também no terreno a fazer o trabalho que devem fazer, devemos manter-nos muito vigilantes. Não devemos estar desassossegados, mas um pouco intranquilos até que tudo esteja normalizado”, concluiu.


Desde o início do incêndio na Covilhã, as chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, distrito de Castelo Branco.


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