Igreja com ligeira vantagem sobre Amaro na Guarda

O PS, no poder na Guarda desde 1976, mantém uma ligeira vantagem, de 0,5%, sobre a candidatura do PSD/CDS. E, mesmo que a conserve no dia das eleições, arrisca o pior resultado de sempre. Com exceção do ano em que a candidatura de Maria do Carmo Borges ainda tremeu por causa da adversária social-democrata Ana […]

O PS, no poder na Guarda desde 1976, mantém uma ligeira vantagem, de 0,5%, sobre a candidatura do PSD/CDS. E, mesmo que a conserve no dia das eleições, arrisca o pior resultado de sempre.
Com exceção do ano em que a candidatura de Maria do Carmo Borges ainda tremeu por causa da adversária social-democrata Ana Manso, os socialistas sempre conquistaram a Câmara da Guarda sem sobressaltos. Desta vez, a mudança de protagonistas, a coligação do PSD/CDS e a divisão que o antigo vice-presidente da autarquia Virgílio Bento, entretanto afastado, criou no eleitorado tradicional socialista, revela que a manutenção do poder não está garantida. De acordo com o estudo de opinião da Eurosondagem para o Jornal de Notícias, José Martins Igreja tem uma ligeira vantagem de meio ponto percentual (44,2% para o PS e 43,7 para PSD/CDS), mas perde terreno tendo em conta os resultados de 2009, em que a percentagem de 55,8% dos votos conquistou cinco dos sete mandatos. Já Álvaro Amaro, da coligação PSD/CDS-PP, passa a barreira dos 28,3% conquistados em 2009, absorve os cerca de 5% de votos dos centristas e discute taco a taco com o PS a cadeira maior do município da Guarda. Sem alterações, o PS teria o pior resultado desde 2001 e os sociais-democratas acompanhados, mesmo não vencendo, poderiam celebrar o melhor resultado de sempre. Os restantes partidos assinalam uma ligeira subida em relação às anteriores eleições. A CDU de Mário Martins sobe de 2,6 % para 3,5% e passa a ser a terceira candidatura mais votada; o Bloco de Esquerda de Marco Loureiro ultrapassa a fasquia de 2,8% e chega aos 3, 3%; e, por fim, o candidato Eduardo Espírito Santo, que há anos concorre pelo PCTP/MRPP, acrescenta uma décima aos 0,7% de 2009. Mas não é tudo. Entre os 20,4 % de indecisos estão com certeza apoiantes do movimento independente “A Guarda primeiro” que não vai a jogo por causa de irregularidades processuais invocadas pelo PS e confirmadas pelo Tribunal Constitucional. Numa primeira leitura da sondagem, poder-se-ia dizer que a saída de cena de Virgílio Bento beneficia mais o PS do que a coligação PSD/CDS, mas ainda haverá indecisos que podem exercer um voto de protesto. Ou a favor da candidatura de Direita, porque foi o PS a impugnar a candidatura independente e a sede de vingança é grande, ou a favor do BE para que os apoiantes mais à esquerda de Bento possam mitigar a orfandade.
Ficha técnica
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem, S.A., para o JN, no dia 17 e 18 de setembro de 2013. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente no concelho da Guarda, e habitando em lares com telefone da rede fixa. Foram efetuadas 595 tentativas de entrevistas e, destas, 92 (15,5%) não aceitaram colaborar no estudo de opinião. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma aleatória resultou, em termos de sexo feminino – 51,9%; masculino – 48,1%, e no que concerne à faixa etária dos 18 aos 30 anos – 18,3%; dos 31 aos 59 – 49,3%; com 60 anos ou mais – 32,4%, num total de 503 entrevistas validadas. O erro máximo da amostra é de 4,34%, para um grau de probabilidade de 95,0%.

Conteúdo Recomendado