Habitação e dinamização da economia são o foco do orçamento de Fornos de Algodres

O município de Fornos de Algodres tem um orçamento de 13 milhões de euros para 2025, sobretudo vocacionado para a construção de habitação a custos acessíveis e para a dinamização da economia local.

“É um orçamento que procura resolver uma das principais dificuldades que temos no nosso concelho, que é a habitação, e ao mesmo tempo tem um foco muito grande na dinamização da atividade económica, com o programa dos Bairros Comerciais Digitais”, disse Alexandre Lote, vice-presidente da autarquia, em declarações à agência Lusa.

O autarca deste município do distrito da Guarda destacou quatro projetos a concretizar ao longo deste ano: a construção de uma creche na freguesia de Infias, a requalificação do Bairro do Ténis, no âmbito do programa 1.º Direito, a construção de habitação a custos acessíveis e os Bairros Comerciais Digitais.

“São quatro projetos com elevado impacto na comunidade. Depois, há os programas de apoio ao setor social, associativismo e à promoção da economia local”, realçou.

O vice-presidente considerou que a área da habitação vai ter um foco muito grande neste orçamento: “Estamos a contar com um investimento a rondar os 1,7 milhões de euros para construir 12 fogos habitacionais no Bairro do Ténis”.

“O nosso objetivo é disponibilizar no próximo ano entre 15 a 20 habitações a custos acessíveis em Fornos de Algodres”.

Quanto ao programa dos Bairros Comerciais Digitais, em que a Câmara obteve um financiamento a fundo perdido no valor de mais de 689 mil euros, vai-se “apresentar um projeto diferenciador e mobilizador para a economia”.

“E algo em que acreditamos muito”, sublinhou o autarca socialista.

Segundo Alexandre Lote, o orçamento deste ano aumenta “ligeiramente” face a 2024, “mas não é significativo porque se optou por não colocar projetos e valores que estão inscritos no Pacto da comunidade intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, que apenas serão orçamentados à medida que forem aprovadas as respetivas candidaturas”.

Este ano, a Câmara de Fornos de Algodres foi autorizada pelo Fundo de Apoio Municipal (FAM) a reduzir o IMI [Imposto sobre Imóveis] para 0,41 por cento – era de 0,42 em 2024.

“Uma vez que somos um município intervencionado, os restantes impostos e taxas permanecem nos valores máximos, ao abrigo do programa a que estamos sujeitos”, recordou.

“Em 2025, entre amortização e juros, o serviço de dívida tem um custo de cerca de 1,1 milhões de euros para a Câmara de Fornos de Algodres”, acrescentou Alexandre Lote.

Contactada pela agência Lusa, Joaquina Domingues, vereadora da coligação PSD/CDS-PP ‘Todos por Fornos, Fornos por Todos’, não quis prestar declarações.

O plano e orçamento da Câmara de Fornos de Algodres para 2025 foram aprovados por maioria no executivo, com os votos favoráveis dos três eleitos do PS e dois contra dos vereadores da coligação PSD/CDS-PP.

Os documentos previsionais também foram validados pela Assembleia Municipal, por maioria.


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