O espetáculo comunitário está agendado para o dia 21 de agosto, para as 22h00, para o Parque Urbano do Rio Diz, e terá quase 700 lugares sentados.
Segundo o vice-presidente do município e vereador da Cultura, Vítor Amaral, o espetáculo, hoje apresentado pela autarquia numa conferência de imprensa realizada nos claustros do Museu da Guarda, tem José Rui Martins como diretor artístico e envolverá mais de uma centena de artistas, técnicos e produtores.
A produção internacional, realizada no âmbito da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, conta com a participação de associações e de parceiros culturais dos 17 municípios da região que estão envolvidos no processo.
A organização pretende que a produção “seja uma realização artística comunitária de charneira” e que seja “importante para a afirmação da Guarda 2027 e do seu território”, admitiu o autarca.
“´Guarda-Joias’ é um nome forte, é o momento de olharmos para as nossas joias que são muitas”, disse Vítor Amaral, assumindo que é intenção da autarquia torná-lo “numa referência no panorama nacional”.
O diretor artístico, José Rui Martins, contou que o espetáculo teve três dramaturgias: primeiramente para o Julgamento do Galo do Entrudo, (que não se realizou no Carnaval devido à pandemia); depois um segundo momento para que pudesse acontecer em duas sessões no Teatro Municipal da Guarda; e a terceira dramaturgia para a produção que será apresentada em agosto.
“O espetáculo está desenhado sob o ponto de vista da narrativa para conter as joias mais bonitas que há neste território”, disse o responsável, destacando referências ao ensaísta e filósofo Eduardo Lourenço e ao escritor Vergílio Ferreira.
Acrescentou que também tem por base excertos de textos da coleção “Fio da Memória” (publicada pelo município da Guarda) e textos e músicas originais.
O “Guarda-Joias” cruza várias expressões artísticas como teatro, novo circo e artes visuais, e é “ancorado” no projeto “Sonhar 27”.
O “Sonhar 27”, dinamizado por Tiago Sami Pereira, é uma ação que proporciona o contacto no terreno com as associações locais.
Na coprodução internacional participam as companhias Aerial Strada (Argentina/Espanha) e Des Quidams (França), cantores e atores da “Ópera Encantada”, músicos da Orquestra Académica Filarmónica Portuguesa e da “Opus Pausa”, atores, dançarinos e percussionistas da comunidade e de associações dos vários concelhos que integram a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura.
O bilhete de acesso ao espetáculo custa três euros e a receita de bilheteira reverterá totalmente a favor das três corporações de bombeiros do concelho (Guarda, Gonçalo e Famalicão da Serra), segundo a autarquia.
A organização garante que durante o espetáculo serão cumpridas todas as normas em vigor da Direção-Geral da Saúde relativas à pandemia de covid-19.