Grow Green informa sobre consumo sustentável e agricultura biológica

Quase 30 localidades começam hoje a apresentar diversas atividades, de jogos a visitas a campos agrícolas, de degustações a ações de informação, para divulgar o consumo sustentável na alimentação, mas também nas roupas ou na cosmética.

A primeira edição da campanha ‘Grow Green’, Semana “Pergunte pelo Bio”, que decorre até sábado, é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) e junta 14 municípios e 40 parceiros.

O objetivo é a sensibilização para a importância de optar por produtos mais saudáveis e amigos do ambiente de modo a, além de informar, generalizar esta alternativa, aumentar a produção e conseguir preços mais baixos.

Almada, Aveiro, Amadora, Bragança, Coimbra, Guimarães, Leiria, Portalegre, Tavira ou Lagos são algumas das 28 cidades da lista, com propostas para os consumidores, adultos e crianças, e para os comerciantes.

Podem, assim, aprender as características do modo de produção biológico, um método regulamentado, que “se alinha inteiramente com os objetivos” da conferência para o clima, das Nações Unidas, nas medidas para a redução das emissões dos gases com efeito de estufa e do aquecimento global, como refere a Quercus, um dos parceiros.

Oficinas em que as crianças podem plantar ervas aromáticas ou alfaces, e palestras e debates sobre agricultura biológica e a importância do consumo sustentável e biológico, para os adultos, fazem parte do programa.

Em março, a organizadora da Semana, Andrea Pereira, da Agrobio, dizia à Lusa que a iniciativa “surgiu da necessidade de divulgar o consumo de alimentos biológicos, ligado ao consumo justo e sustentável, de uma forma geral, e não apenas para grupos específicos”.

A ideia é, “através da consciencialização, aumentar a produção e o consumo” já que, “se as pessoas consumirem mais, haverá mais produção, e se há mais produção, os preços baixam”, resumiu, perante a questão colocada pelos consumidores relacionada com o valor mais elevado a pagar por este tipo de produtos.

Ao contrário do que acontece em alguns países, principalmente do norte da Europa, em que a agricultura biológica “é a regra”, em Portugal “ainda é a exceção” e, em 2014, abrangia 220 mil hectares, referiu Andrea Pereira.

No ano passado, este mercado representava cerca de 20 milhões de euros, valores que terão, segundo a técnica da Agrobio, subido este ano, atendendo ao aumento de 15% do número de candidaturas às medidas agro-ambientais.

Entre os parceiros envolvidos na Semana “Pergunte pelo Bio”, estão produtores, distribuidores e organizações não governamentais.


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