Garraiada em Ozendo (Sabugal)

A iniciativa terá lugar no próximo dia 3 de fevereiro, pelas 15h30.

Os mordomos da Capeia do Ozendo 2018 convidam “todos os arraianos e amigos para a garraiada de inverno na praça de touros do Ozendo, no dia 3 de fevereiro, às 15h30.”

Enquanto não chega agosto e com ele a intensiva época das Capeias, as aldeias do concelho do Sabugal vão promovendo encontros tauromáquicos.

Capeia Arraiana

A Capeia Arraiana é uma manifestação tauromáquica específica de algumas povoações do concelho do Sabugal próximas da fronteira com Espanha, que se caracteriza e singulariza das demais formas populares de manifestações tauromáquicas, pelo facto de a lide do touro bravo ser efetuada coletivamente, com o recurso do Forcão.

O Encerro realiza-se logo da parte da manhã e consiste na recolha e encaminhamento dos touros para o curral ou currais preparados junto à praça. A recolha dos animais faz-se atualmente a partir da herdade/lameiro para a qual foram trazidos temporariamente, após o transporte, efetuado dias antes, das ganadarias onde o seu aluguer para o Encerro foi contratado. A recolha dos touros é efetuada por cavaleiros com o auxílio de cabrestos, (touros castrados) e vacas mansas, utilizadas não apenas para encorajar os touros no seu percurso para a povoação e assegurar o seu Encerro no curro, mas também nas próprias Capeias, para auxiliar a entrada e a retirada na praça dos touros mais renitentes.

O transporte dos touros, realizado hoje por camião, atempadamente evitando quaisquer perigos de “tresmalhamento”, desloca atualmente para outro plano a função do Encerro, que consistia originalmente no acompanhamento do gado no seu longo percurso desde a fronteira com Espanha. Aquela dimensão de espetacularidade constitui, provavelmente, um dos principais fatores da manutenção do Encerro em algumas freguesias, atraindo atualmente muitos visitantes que, a cavalo ou também já em veículos motorizados, participa hoje nos Encerros.

A Capeia Arraiana, que anualmente atrai milhares de pessoas à região transfronteiriça é reconhecida como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal, bem como se encontra registada no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (PCI).

 

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