Fundação La Caixa reforça apoio à dinamização de regiões fronteiriças em Portugal

Na primeira edição do programa, em 2018, foram apoiados projetos em Bragança, Guarda, Proença-a-Nova e Elvas, lembrou a fundação La Caixa.

A fundação espanhola La Caixa lançou ontem a segunda edição em Portugal do programa Promove – Dinamização de Regiões Fronteiriças, para apoiar projetos-piloto inovadores, disponibilizando 150 mil euros por projeto, mais 50 mil do que em 2018.

“As candidaturas podem ser apresentadas até à data limite de 31 de julho”, indicou a fundação La Caixa, dona do CaixaBank e do BPI, acrescentando que o programa Promove visa “apoiar projetos-piloto inovadores, estratégicos para o desenvolvimento das áreas onde se localizam e replicáveis para outras regiões com características semelhantes, bem como ideias com potencial de se converterem em projetos-piloto inovadores”.

Segundo a entidade responsável pela iniciativa, os apoios são concedidos sob a forma de subsídio ao investimento e podem atingir um máximo de cinco mil euros por ideia inovadora e de 150 mil euros por projeto, o que representa “um aumento em relação aos 100 mil euros atribuídos em 2018”.

Na primeira edição do programa, em 2018, foram apoiados projetos em Bragança, Guarda, Proença-a-Nova e Elvas, lembrou a fundação La Caixa.

À semelhança da primeira edição, o programa Promove incide em três áreas geográficas de Portugal definidas a partir das NUT – nomenclaturas de unidades territoriais para fins estatísticos -, nomeadamente “municípios da NUT III Terras de Trás-os-Montes, e ainda municípios de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa da NUT III Douro; municípios das NUTS III Beiras e Serra da Estrela, e Beira Baixa; e municípios das NUTS III Alto Alentejo e Baixo Alentejo e ainda Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vila Viçosa da NUT III Alentejo Central”.

“Além disso, este ano o Promove amplia-se à região do Alto Tâmega”, destacou a organização da iniciativa.

As candidaturas de projetos-piloto inovadores, que podem ser apresentadas a partir de hoje e até 31 de julho, têm de ser lideradas por entidades que estejam localizadas nas três áreas geográficas definidas, como por exemplo “empresas, sob qualquer forma jurídica e dimensão, entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional ou outras entidades privadas sem fins lucrativos, individualmente ou em regime de consórcio”.

No caso das candidaturas de ideias com potencial para se tornarem projetos-piloto inovadores, as candidaturas devem ser lideradas e constituídas por estudantes do ensino superior que, no momento da apresentação da candidatura, se encontrem inscritos nos ciclos de licenciatura, mestrado ou doutoramento em universidades e institutos politécnicos localizados nas áreas geográficas abrangidas pelo programa.

A iniciativa da fundação La Caixa dirige-se a projetos e ideias nos domínios da “prevenção de riscos naturais e reforço das capacidades de adaptação às alterações climáticas, e gestão eficiente dos recursos, nomeadamente em ecossistemas transfronteiriços; criação ou consolidação de novos polos de especialização que contribuam para atrair recursos humanos qualificados e investimentos empresariais orientados para mercados externos, em torno de projetos empresariais focados na inserção em cadeias de valor internacionais, através de redes de clientes e de fornecedores; valorização do capital simbólico e da capacidade de reconhecimento internacional no que se refere ao valor ambiental, paisagístico e patrimonial dos territórios, contribuindo para a atração de turistas e de novos residentes.

Em relação à avaliação das candidaturas, existem três critérios base: a qualidade do projeto, os efeitos do projeto no território e a sustentabilidade económica e financeira do projeto.

A fundação bancária espanhola La Caixa iniciou, em 2018, a sua ação em Portugal, em resultado da entrada do BPI no grupo CaixaBank.


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