Fornos de Algodres organiza festival gastronómico dedicado ao peixinho do rio

A aldeia de Juncais, no concelho de Fornos de Algodres, acolhe no domingo um festival dedicado ao peixinho do rio Mondego, que está integrado no programa da feira anual de Santiago. O certame, organizado pela Junta de Freguesia de Juncais, Associação de Promoção Social, Cultural e Desportiva de Juncais e pela ADRUSE – Associação de […]

A aldeia de Juncais, no concelho de Fornos de Algodres, acolhe no domingo um festival dedicado ao peixinho do rio Mondego, que está integrado no programa da feira anual de Santiago.
O certame, organizado pela Junta de Freguesia de Juncais, Associação de Promoção Social, Cultural e Desportiva de Juncais e pela ADRUSE – Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela, pretende «valorizar a gastronomia local baseada no peixe do rio». «A iniciativa inclui, durante a manhã, a tradicional feira, sendo a parte da tarde dedicada à gastronomia, com especial enfoque no peixinho do rio», anuncia a organização. O presidente da Junta de Freguesia de Juncais, Manuel Paraíso, disse hoje à agência Lusa que o certame que vai na 12.ª edição deverá juntar «à volta de duas mil pessoas». Os quatro cafés e restaurantes da aldeia que aderiram à iniciativa irão servir aos participantes peixinhos do rio «em escabeche e fritos na hora, as duas variedades gastronómicas mais tradicionais». «O peixinho do rio sempre foi consumido como iguaria de petisco de tarde», justificou o autarca. Na edição de 2012 foram consumidos cerca de 300 quilogramas de peixe, quantidade que a organização admite que também possa ser comercializada este ano. «Algum do peixe consumido é pescado aqui, no rio Mondego, e outro vem de rios próximos», observou Manuel Paraíso. O presidente da Junta de Freguesia de Juncais contou que o peixe do rio começou a ser consumido numa antiga taberna que existiu junto da ponte de Juncais, sobre o rio Mondego, na Estrada Nacional 16 (EN 16), que faz a ligação entre Fornos de Algodres e Celorico da Beira. «Antigamente, não havia A25 (autoestrada que liga Aveiro a Vilar Formoso) nem o antigo Itinerário Principal 5 e toda a circulação automóvel passava pela EN 16», disse, para justificar a grande fama daquela iguaria gastronómica tradicional. Atualmente existem três restaurantes ribeirinhos junto da Ponte de Juncais que servem peixinhos do rio ao longo do ano, indicando o autarca que as portagens na A25 contribuíram para relançar o negócio e para que «muitas pessoas voltassem a passar pela EN 16». «Nesta altura [os restaurantes] têm sempre muita gente a petiscar peixinhos do rio», contou. O programa do festival do peixinho do rio também inclui uma exposição de artesanato relacionado com atividades tradicionais (olaria, cestaria, latoaria e tanoaria, entre outras) e a atuação de três grupos de música tradicional portuguesa.

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