Entre os convidados estão nomes como Mário Cláudio, Inês Pedrosa ou Jaime Nogueira Pinto, aos quais se juntam autores de gerações mais novas e ainda os brasileiros Andréa Zamorano e João Paulo Cuenca, assim como a ex-ministra da Cultura Gabriela Canavilhas ou Pedro Mexia, entre outros.
“Um elenco de luxo” que traduz “a aposta clara” daquela autarquia na área da cultura, ao mesmo tempo que também reflete a “ligação profunda e muito particular” entre o concelho berço de Pedro Álvares Cabral e o Brasil, tal como destacou António Dias Rocha, presidente do Município de Belmonte, entidade que organiza este festival que tem edição executiva da empresa Booktailors.
“Sempre dissemos que queríamos promover as melhores condições no nosso concelho e queremos que os nossos munícipes tenham – também na área cultural – a melhor oferta possível”, referiu aquele responsável, durante a apresentação do festival.
Destacando o sucesso da primeira edição e classificando o Diáspora como “o maior evento cultural do concelho e um dos mais relevantes da região”, o autarca sublinhou ainda o facto de o festival ajudar a promover a literatura junto do público mais jovem, além de dar a conhecer o município fora de portas.
No que concerne ao programa – que inclui a realização de quatro mesas de debate, duas mostras ilustrativas, duas conferências, uma entrevista e sessões escolares – a organização destaca a “qualidade” e o facto de ser “bastante diversificado”, como apontou Pedro Vieira da empresa responsável pela produção executiva.
À semelhança do que já aconteceu no ano passado, a primeira mesa redonda, subordinada ao tema “Em Nome de Deus”, promete despertar forte atenção, já que em cima da mesa vão estar questões relacionadas com a religião e o que se faz em seu nome.
Agendada para as 21h30 de dia 20, na Igreja Matriz de Belmonte, com moderação do padre Carlos Lourenço, esta mesa reunirá Jaime Nogueira Pinto, Nuno Tiago Pinto e Pedro Mexia, em torno de várias questões e das quais fará parte a atualidade e a ação extremista do autodenominado Estado Islâmico.
No dia seguinte, 21 de novembro, às 15 horas, no auditório do Museu Judaico, Andrea Zamorano e Inês Pedrosa, com moderação de Pedro Vieira, debaterão o tema “Tanto Mar” e, às 16 horas, no mesmo local, outro dos momentos altos do Diáspora: Tito Couto moderará uma “Entrevista de Vida” ao escritor Mário Cláudio.
“Mercado Comum” é o tema que reúne, uma hora depois, no mesmo local, e numa conversa moderada por Pedro Vieira, os autores convidados Maria Manuel Viana e Tiago Patrício.
No dia 22, às 11h30, no Ecomuseu do Zêzere, será inaugurada a exposição “O Livro do Ano”, de Afonso Cruz.
Às 14h30, o auditório do Museu Judaico será palco de uma intervenção a cargo do presidente da Câmara de Belmonte. Segue-se-lhe, às 15h30, a realização da mesa de debate “Há mesmo Cidades Literárias?”, com os convidados João Paulo Cuenca e Maria Lourenço, moderados por Pedro Vieira.
A conferência de encerramento, também no dia 22, está marcada para as 16 horas, e fica a cargo da ex-ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, que fará uma abordagem à questão da importância da história e respetivo cruzamento com a cultura contemporânea.
No âmbito do festival, a exposição de ilustração de Vasco Gargalo também estará patente, a partir de hoje, até 30 de novembro, no Hotel Turismo da Covilhã e, de 01 a 30 de dezembro, no Ecomuseu do Zêzere.
O investimento global da autarquia é de 14 mil euros, mais despesas de alojamento dos convidados, valor que António Dias Rocha considera “sem grande significado”, dada a grande importância do festival.