O autarca apontou que nesta altura do ano o turismo regista números idênticos aos de 2022, que “foi o melhor ano para Manteigas, apesar do incêndio”. “Não é uma catástrofe, porque estamos com os mesmos números, mas não estamos a crescer”, apontou, em declarações à agência Lusa. A estrada reabriu no dia 06, depois de ter estado interdita ao trânsito nos meses de verão.
A circulação foi interrompida em dezembro de 2022, na sequência do incêndio na serra da Estrela que agravou o risco de queda de pedras de grande dimensão sobre a via. Flávio Massano argumentou que os municípios à volta de Manteigas, como Covilhã e Seia, “estão a crescer bastante”. “É fácil perceber que Manteigas ficou um pouco bloqueada por causa da estrada. A serra da Estrela está a afirmar-se cada vez mais como uma marca muito forte na região Centro. Isso é visível no número de turistas que tem Manteigas, a Guarda, a Covilhã, Fundão…”, realçou Flávio Massano. Na sua opinião, “a marca serra da Estrela está mais forte do que alguma vez esteve”. Mas apesar dos constrangimentos com o fecho da estrada, o autarca ressalvou que o impacto “não é linear”. “Temos empresários que sentem mais, porque ficam no circuito do Vale Glaciar. Esses, com a perda de carros e turistas, estão a sentir mais. Mas depois há outros em que o negócio tem crescido”, explicou Flávio Massano.
A estrada reabriu com circulação alternada com auxílio de semaforização eletrónica em dois troços e interdita a veículos pesados. O presidente da Câmara da Manteigas considerou que a solução ideal seria que aquela via servisse apenas um sentido. “Podemos ter no caminho da serra de baixo uma outra via. Isto sim é o futuro e a solução que vamos defender até ao fim”, sustentou este autarca do distrito da Guarda.