Na aldeia vivia o maior núcleo de negociadores de resíduos, que recolhiam restos de tecidos, metais e outras matérias, que depois vendiam “às fábricas da Covilhã e outras da região Centro”, explica um dos organizadores do certame.
A atividade teve o ponto alto na segunda metade do século passado e desapareceu “quase por completo” há cerca de quinze anos.
Quem vive na aldeia, hoje coleciona histórias de antepassados que andavam de terra em terra em busca dos resíduos e foram “os primeiros a exercer a atividade de reciclagem”.
Na altura “ainda não havia preocupações ambientais, o objetivo era a subsistência, mas já a faziam [a reciclagem] sem saber”.
Este fim de semana, o Dominguizo organiza mais uma edição da Festa dos Farrapeiros, com animação musical, tasquinhas e um espaço museológico que recorda a tradição daquelas figuras.
A aldeia vai ser invadida por tasquinhas onde não vão faltar velharias e artesanato; gastronomia; quermesse e muita animação, num certame que os organizadores acreditam “ter pernas para continuar nos próximos anos”.
A organização é da Junta de Freguesia do Dominguizo.