Os depósitos acima dos 100 mil euros serão chamados a resgatar bancos em dificuldades, mas só em última instância.
Na Europa a discussão deixou de centrar-se na possibilidade de os depósitos acima de 100.000 euros serem chamados a resgatar bancos em apuros para garantir que os depósitos abaixo desse valor ficarão protegidos. Ou seja, trata-se da confirmação de que o modelo cipriota será mesmo adotado como base do futuro mecanismo de resolução dos bancos europeus, em discussão na próxima semana em Bruxelas. O objetivo é garantir que o dinheiros dos contribuintes não voltará a ser utilizado no resgate de bancos, como aconteceu por exemplo na Irlanda. E a dirigir a reunião da próxima semana estará precisamente a presidência irlandesa, que apresentou esta semana uma proposta segundo a qual os depósitos acima de 100.000 euros ficarão sujeitos a perdas em caso de risco de falência de uma instituição financeira. Estas aplicações serão no entanto as últimas a serem chamadas ao resgate, depois dos accionistas e dos detentores de obrigações, num mecanismo já apelidado de”preferência de depósitos”.