O investimento numa unidade de produção de biogás foi divulgado, esta quarta-feira, pela Câmara daquela vila do distrito da Guarda, que assinou no dia 23 de maio um protocolo de intenções com a Five Bioenergy.
“O projeto contempla a construção de uma central capaz de tratar até 240 mil toneladas anuais de resíduos orgânicos não perigosos, permitindo a produção de cerca de 150 mil MWh [megawatts-hora] de biogás por ano”, refere a autarquia numa nota enviada à agência Lusa.
Está ainda prevista a instalação de um central solar fotovoltaica para autoconsumo da central.
Para Carlos Ascensão, presidente da Câmara de Celorico da Beira, “este investimento vai impulsionar a economia local num setor estratégico e criar algumas dezenas de postos de trabalho, contribuindo para fixar jovens, o que é muito importante”.
A Five Bioenergy estima criar cerca de 20 postos de trabalho diretos e 45 indiretos, num empreendimento que “em breve será uma realidade”, adiantou o autarca, sem indicar um prazo para a instalação do projeto.
“A nova central irá contribuir para a redução de emissões de gases com efeito de estufa, promover a valorização de resíduos orgânicos e incentivar a transição para uma economia mais circular e amiga do ambiente”, acrescenta o município.
O protocolo para a instalação da central de biogás em Celorico da Beira foi assinado pelo presidente da edilidade, Carlos Ascensão, e o presidente da Five Bioenergy, Iñigo Asensio.
Este não é o primeiro investimento da Five Bioenergy no distrito da Guarda. A empresa espanhola contratualizou, em março de 2024, com a Câmara de Pinhel, a instalação de uma central de biogás.
O investimento ronda os 25 milhões de euros e poderá criar 60 postos de trabalhos, 15 dos quais diretos. Esta unidade terá capacidade para tratar 240 mil toneladas de resíduos orgânicos por ano, estimando-se uma produção anual de 110 mil MWh de biogás.